Da Redação
O mês de fevereiro foi marcado por episódios de chuvas que causaram alagamentos, deslizamentos e impactos no agronegócio. A afirmação é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que publicou nesta quinta-feira, 7, um levantamento dos principais fenômenos meteorológicos que atuaram no Brasil em fevereiro de 2024.
Três estados da Amazônia Legal tiveram acumulados acima da média histórica: Amazonas, Tocantins e Maranhão. O mesmo foi observado em outros quatro estados: Piauí, Ceará, Bahia e Minas Gerais.
Além das chuvas intensas, o levantamento do Inmet constatou que fevereiro também foi marcado pelo calor, típico do verão e influência do aquecimento periódico no leste do Oceano Pacífico, conhecido como El Niño.
Chuva – O Inmet destaca que nos últimos 30 dias, os maiores acumulados de chuvas ocorreram principalmente no centro-norte do País, devido à combinação do calor e alta umidade que contribuíram para formação de nuvens de chuvas. Além da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que contribuiu com o aumento das instabilidades, provocando chuvas localmente fortes na faixa norte do Brasil.
Nas Regiões Norte e Nordeste, pancadas de chuvas localmente fortes foram observadas principalmente em áreas do Pará, Amapá, Piauí e Ceará. Além disso, a combinação do calor e da alta umidade reforçado pela influência da ZCIT, provocou acumulados de chuvas em Oiapoque (AP), que acumulou 163,2 mm no dia 23 e Sobral (CE) que registrou 110,2 mm.
A combinação do calor e da alta também umidade foram os responsáveis por potencializar as instabilidades nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, como nos municípios de Carlinda (MT), que registrou 101,4 mm no dia 1º; Comodoro (MT), com 125,0 mm no dia 11 e Três Lagoas (MS), com 126,6 mm no dia 15. Logo em seguida, o avanço de um ciclone em alto mar influenciou com chuvas em Seropédica (RJ) com 108,4 mm no dia 16.
Por fim, o Inmet destaca que a combinação de baixas pressões, calor e a alta umidade provocaram chuvas na Região Sul, juntamente com os efeitos do fenômeno El Niño, que está atualmente perdendo força.
*Com informações do Inmet