A Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que a previsão de contratação de vagas temporárias de fim de ano cresce de 72,7 mil para 76,5 mil vagas. As vendas do período também devem movimentar em torno de R$ 34,5 bilhões.
O maior aumento nas vendas deverá ocorrer nos segmentos de hiper e supermercados (R$ 12,3 bilhões), lojas de vestuário (R$ 8,3 bilhões) e de artigos de uso pessoal e doméstico (R$ 5,2 bilhões), ramos que juntos deverão responder por cerca de 75% das vendas natalinas deste ano. O maior aumento real das vendas, contudo, deverá se dar no segmento de cosméticos e perfumarias (+4,3% em relação à mesma data de 2017).
Contratações tardias
“Embora a temporada de contratações no varejo costume ocorrer entre os meses de setembro e dezembro, o agravamento da crise vivida pelo setor nos últimos anos provocou um ‘efeito adiamento’ na demanda por trabalhadores”, comenta o economista Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação. Antes da crise, em média, 24% das vagas eram preenchidas nos meses de setembro e outubro. A partir de 2015, esse percentual caiu para 14%. Em contrapartida, o mês de dezembro, que costumava concentrar cerca de 14% das vagas temporárias até 2014, passou, nos três últimos anos, a responder por 26% dos postos de trabalho criados para o Natal. A maior parte das contrações continua ocorrendo em novembro, mês em que o varejo preenche cerca de 60% das vagas oferecidas.
De acordo com a Confederação, 22% dos trabalhadores contratados de forma temporária devem ser efetivados após o período de festas – um percentual abaixo do observado no início de 2018 (23,8%), porém acima das taxas observadas durante a recessão (14,4% em 2015 e 15,2% em 2016).
Salários
O salário de admissão deverá alcançar R$ 1.211,00, avançando, portanto, 2,4% em termos nominais na comparação com o mesmo período do ano passado. O maior salário de admissão deverá ser pago pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.479), seguido pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.453). Esses segmentos, contudo, deverão ofertar apenas 1,5% das vagas totais a serem criadas no varejo.
*Informações Confederação Nacional do Comércio