Josh Pulman retratou relação de pessoas com seus celulares na série \’Somewhere Else\’.
Hoje em dia, é difícil não encontrar alguém utilizando a internet em ambientes públicos. Em grandes cidades, quase todo lugar está lotado de pessoas usando seus celulares, sem notar à presença de quem está a sua volta. É um comportamento que não existia poucas décadas atrás. Para jovens e crianças, que já nasceram na cibercultura, pode até ser normal esse comportamento, mas para idosos e alguns adultos esse tendência causa um grande desconforto.
Acabamos nos acostumando ao fato de que compartilhar o mesmo espaço físico não significa mais compartilhar da mesma experiência. Onde quer que estejamos, levamos conosco opções muito mais interessantes do que o lugar e o momento que vivemos: amigos, familiares, notícias, imagens, modismos, trabalho e lazer cabem na palma da mão. Mas como questiona o fotógrafo Josh Pulman, autor do ensaio Somewhere Else (em algum outro lugar, em tradução livre), cujas fotos são exibidas com esta reportagem: \”Se duas pessoas estão andando juntas, cada uma prestando atenção a seu telefone, elas estão realmente juntas?\” Faz parte do ser humano ter uma profunda vontade de se conectar. Mas será que esse dom pode nos prejudicar em algum momento? É possível ficar \”conectado em excesso\”? E o que isso significa para nosso futuro?
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/05/150513_vert_fut_overconectados_ml