Da Redação, com informações da Agência Pará
Uma parceria para ampliar o número de leitos e tornar o serviço de reservas de hospedagem fora de hotéis mais conhecido em Belém (PA). Essas são duas das metas que envolvem o compromisso firmado na segunda-feira, 20, entre o governo do Pará e a plataforma de hospedagem Airbnb.
A expectativa do governo é que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) atraia mais de 70 mil visitantes à capital paraense, em novembro de 2025. O evento, o mais importante do mundo sobre o tema, ocorrerá pouco mais de um mês após o Círio, que também atrai milhares de pessoas a Belém e hoje é o evento que reúne o maior número de turistas na cidade, em um único período.
“O paraense tem por natureza bem receber, ser um povo acolhedor. E com as qualidades trazidas dos serviços prestados pelo Airbnb certamente nós impulsionaremos esta vocação no nosso Estado e permitiremos com que, através da hospitalidade de imóveis privados, nós possamos habilitar um importante número de leitos que estarão compondo as demandas da COP”, ressaltou o governador Helder Barbalho, que estava acompanhado da vice-governadora Hana Ghassan.
Segundo o chefe do Executivo Estadual, a COP-30 vai deixar diferentes legados, desde a modernização da infraestrutura até a oportunidade de negócios e geração de renda extra para a população. “Esta parceria tem o objetivo de deixar legado ao envolver a comunidade local. Muitos paraenses estão dispostos a colocar os seus imóveis e prestar o serviço de acolhimento para os turistas e pessoas que estejam vindo ao nosso Estado”, acrescentou. O governador disse que esse movimento para ampliação da oferta de hospedagens consolida o reforço ao segmento turístico. “Fica como oportunidade da atividade turística”, afirmou.
Qualificação – Helder Barbalho também informou que os interessados em receber visitantes serão orientados. “A partir desta iniciativa, nós teremos a qualificação das pessoas para bem receber nas suas casas, para estarem aptas a credenciar os seus imóveis”, explicou.
O governador informou ainda que o Estado prossegue o diálogo com outros fornecedores na área de serviços on-line e comunitário, para as pessoas anunciarem, descobrirem e reservarem acomodações e meios de hospedagem. “Estamos em diálogo com outras plataformas, que envolvem desde o mecanismo de leitos particulares a plataformas que envolvem leitos de rede de hotéis, motéis e serviços diversos de hospedagem”, completou.
Geração de renda – A diretora de Políticas Públicas e Assuntos Governamentais do Airbnb na América Latina, Flávia Marques Matos, ponderou que o desafio da plataforma é tornar o serviço mais conhecido para a população paraense, com a oportunidade de geração de renda extra. “É essa possibilidade que a gente gostaria de oferecer. A gente quer familiarizar, e vamos fazer esforços de comunicação. Toda a população tem a possibilidade de ofertar as suas residências, as suas acomodações, para poder fazer parte e ser impactada direta e economicamente”, frisou Flávia Matos.
“Para a gente é uma honra enorme fazer parte desse momento histórico do Estado do Pará e da cidade de Belém. O mais importante agora é a gente familiarizar a população de Belém com a nossa plataforma. Tem uma necessidade de comunicação, uma necessidade de conscientização, do tanto que as pessoas podem se beneficiar economicamente. O empoderamento econômico é um dos pilares do acordo que a gente está assinando com o Estado”, ressaltou a diretora.
Articulação – Para sediar a COP-30 dentro de dois anos, o Governo do Pará já vem buscando alternativas, a fim de garantir hospedagem aos convidados, participantes e visitantes do evento. Estudos técnicos apontaram a necessidade de diferentes tipos de hospedagem, desde os mais simples até os mais sofisticados, para receber chefes de Estado.
Helder Barbalho disse ainda que, “por isso, estamos buscando soluções, desde investimentos para requalificação, para reformular as operações atuais da rede hoteleira, estimular novas operações para ampliar as ofertas de quarto e identificar os perfis da demanda hoteleira, seja em Belém ou no raio de 50 quilômetros por meio rodoviário ou até 30 minutos por meio aeroviário”.