Um estudo feito pela Agência Nacional de Águas (ANA) aponta que o consumo e o uso das águas no país devem crescer 24% até 2030. O cálculo considera as demandas por recursos hídricos em todos os municípios brasileiros, desde o ano de 1931, e o resultado revela que há necessidade de ampliar discussões sobre consumo consciente, gestão e proteção das águas, garantindo a oferta para população e para o desenvolvimento das atividades econômicas.
Responsável pelo abastecimento de água em 52 dos 144 municípios do estado, a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) é um dos agentes de promoção desses debates regionais e nacionais para além da oferta e demanda de água potável. Atualmente, a Companhia integra 20 grupos de trabalhos voltados à promoção do bem-estar, uso consciente e oferta de água, preservação de rios e gestão do saneamento.
Entre os Grupos de Trabalho (GTs) com participação da Cosanpa estão o Conselho Estadual de Recursos Hídricos e as respectivas câmaras técnicas, Conselho Gestor do Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim, Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental, câmaras técnicas ligadas à Associação Brasileira de Empresas de Saneamento.
“Além da integração com os outros órgãos, estar em todos esses comitês, conselhos e câmaras técnicas é visualizar a questão ambiental como parte da sustentabilidade da Companhia que é a maior usuária de recursos hídricos do estado em função da nossa atuação na captação de água dos rios, perfuração de poços e bacias hidrográficas”, explica Layla Gomes de Barros, gerente da Unidade Executiva de Meio Ambiente e Tecnologia, da Cosanpa.
Para garantir a preservação dessas fontes hídricas, a Cosanpa mantém em sua estrutura organizacional uma unidade responsável pela regularização ambiental dos sistemas de água e esgoto, licenciamentos e outorgas para uso dos recursos hídricos. “A importância da regularização de nossos sistemas, ligada aos avanços dos indicadores de saneamento, impactam na qualidade de vida e saúde da população paraense. Então, a gente atua desde a fase de projeto, implantação, obra e até a fase de operação”, complementa Layla.
Investimentos – Com o apoio dos governos do Pará e Federal, além de instituições financeiras, a Cosanpa tem investido na construção e ampliação de sistemas de abastecimento de água e esgoto, além do desenvolvimento de novos projetos de saneamento e cuidados com o meio ambiente.
É o caso do Projeto de Desenvolvimento de Saneamento do Pará – Etapa Lagos (Prodesan Lagos), que terá aporte financeiro do governo do Estado e um co-financiamento de até US$ 100 milhões de dólares junto ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) e o New Development Bank (NDB), para a preservação das microbacias urbanas e áreas de recarga dos mananciais responsáveis pelo abastecimento de água do Sistema Integrado de abastecimento público da Região Metropolitana de Belém.
Em outras frentes de trabalho, a Cosanpa teve, em fevereiro deste ano, a aprovação de um empréstimo de R$ 314 milhões, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para obras de modernização da 2ª Etapa da Estação de Tratamento de Água do Bolonha, na Região Metropolitana de Belém, e a reforma dos setores de distribuição de água.
Outra parceria essencial foi estabelecida com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio de uma operação de crédito, no valor de 125 milhões de dólares. Os recursos serão destinados ao Projeto de Desenvolvimento de Saneamento do Pará (Prodesan Pará), que está estruturado como “Projeto de obras múltiplas”, já em fase de implantação.
Os serviços planejados para os municípios de Belém, Ananindeua e Marituba abrangem avanços no acesso e na qualidade da rede de abastecimento de água e tratamento de águas residuais, otimização operacional dos sistemas de abastecimento e aprimoramento da gestão empresarial da Cosanpa, com ênfase em inovação tecnológica.
Presidente da Cosanpa, José Fernando Gomes Júnior destaca que “os investimentos refletem a determinação de garantir abastecimento de água e esgotamento sanitário de forma segura para a população, respeitando as condições do meio ambiente e as metas da lei do Novo Marco Legal do Saneamento”.
Fonte: Agência Pará