Por Amanda Garcia e Rafael Câmara / CNN
O head de diversidade e inclusão da B3 Alexandre Kiyohara avalia que “diversidade e cultura da empresa devem andar juntas” para que haja, de fato, avanços inclusivos na estrutura das empresas.
Em entrevista o especialista, que é um homem trans, usou como exemplo a própria B3, que tem a inclusão como meta corporativa.
“É preciso olhar para processos, se o canal de denúncias está apto, se o time está pronto para levar esses elementos em consideração e se os processos padrões são inclusivos de verdade”.
Segundo ele, é necessária uma “repaginada” de processos da empresa, desde a entrega do computador ao funcionário até a área onde ele ficará.
Da mesma forma, isso passa pela liderança da empresa.
“Quando você é líder e trabalhou por muito tempo de determinada forma, é hora de se atualizar. A gente se inspira pela liderança, que, se for comprometida com a pauta, faz evoluir muito a inclusão”.
A conscientização é “importante e constante”, para Alexandre. “É preciso estar em constante letramento”.
.O especialista afirmou que, às vezes, fazer o básico é o suficiente.
“Não é preciso um programa enorme para incluir, às vezes suporte psicológico já ajuda ou processos que dão entendimento para o dia a dia já fazem diferença grandiosa.”
Ele cita o banheiro como exemplo: “Costumo dizer sobre a polêmica do banheiro sem gênero que ele nada mais é do que um lavabo. São processos pequenos, mas que tornam a jornada maior, de todas as coisas que precisam mudar, o principal é ter abertura para pautas que não fazem parte do cotidiano”.
O head de diversidade e inclusão avalia que a “nova geração é empoderada e teve mais acesso às pautas, como a de identidade de gênero, vemos isso refletido no mercado de trabalho, política e educação”.