Da Redação, com informações da Agência de Notícias da Indústria
A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Economia e População, ouviu 2.004 pessoas, com idades acima de 16 anos, nas 27 nidades da Federação, entre 14 e 19 de setembro deste ano. Para 53% dos entrevistados, a economia nacional deve melhorar nos próximos seis meses. Outros 22% acreditam que a situação tende a piorar e 21% acreditam que nada deve mudar.
“A percepção mais positiva da população para os próximos seis meses é importante, pois afeta as decisões de consumo. Mas o Brasil precisa de política industrial moderna, focada em inovação, e da reforma tributária para atrair investimentos e crescer de forma sustentada. O crescimento econômico é essencial para aumentar a qualidade de vida da população”, afirma Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou o levantamento na terça-feira, 24.
A pesquisa mostra que 24% da população considera boa ou ótima a situação atual da economia, 36% afirmam que a situação é regular e 38% dizem que a situação é ruim ou péssima.
A percepção varia conforme a região. No Nordeste, 32% afirmam que o desempenho da economia está ótimo ou bom e 30% ruim ou péssima. No Norte e Centro-Oeste, o percentual de quem assinalou ótima ou boa cai para 23% e a avaliação de que está ruim ou péssima sobe para 44% dos entrevistados. No Sudeste, 20% marcaram ótima ou boa e 39% assinalaram ruim ou péssima. O Sul tem a pior percepção: a avaliação de 18% da população é de que a economia está ótima ou boa e 43% afirmam perceber a economia como ruim ou péssima.
Apesar da avaliação menos positiva sobre o momento atual da economia, 45% da população consideram que a situação já foi pior. Este é o percentual de brasileiros que afirmam que a economia melhorou nos últimos seis meses. E, entre os que consideram a situação da economia atual como ruim ou péssima, 17% avaliam que ela está melhor do que no primeiro trimestre.
As entrevistas foram feitas pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI).
O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica a importância das expectativas positivas da população para os próximos seis meses. “Na medida em que o consumidor se vê confiante na economia ele se vê confortável a fazer consumo, especialmente de bens de maior valor. Isso tende a trazer resultados positivos não só para a indústria, como para a economia como um todo”, afirma.
Estudo também abordou expectativas para inflação, juros, desemprego e pobreza no país
Para 49% dos brasileiros, os preços dos produtos consumidos por eles aumentaram. No entanto, 32% consideram que os preços diminuíram e 18% disseram que está igual nos últimos seis meses. A expectativa é de aumento de preços nos próximos seis meses para 46% da população, enquanto 29% acreditam que a inflação vai começar a cair.
Além disso, 48% dos entrevistados afirmam que as taxas de juros de suas compras ou de suas dívidas aumentaram nos últimos seis meses e 9% disseram que caíram. A projeção para os próximos seis meses para 39% da população é de aumento nos juros dos financiamentos pessoais, enquanto 24% avaliam que os juros devem cair.
Os dados mostram que 33% da população afirma que o desemprego aumentou entre as pessoas próximas nos últimos seis meses, 41% disseram que a situação permanece igual e 22% afirmam que o desemprego diminuiu. A expectativa é de que o desemprego aumente para 30% dos entrevistados e que caia para 31%.
A percepção de aumento da pobreza na região e nos ambientes em que 32% dos entrevistados frequentam se expandiu nos últimos seis meses, permaneceu igual para 49% dos brasileiros e caiu 26%. Para os próximos seis meses, 29% dos brasileiros afirmam que a pobreza ao seu redor vai aumentar e outros 29%, o mesmo percentual, acreditam que a pobreza será menor.