Edição 170

Editorial da edição 170

Brincadeira de Gente Grande

É curioso. Descobrir que o Festival de Parintins começou para apaziguar os ânimos de torcedores dos bois rivais, que até já foram presos, nos faz pensar em como tudo evoluiu para se tornar esse espetáculo que vemos hoje no Bumbódromo.

A arte na cidade de Parintins é coisa séria. Virou brincadeira de Gente Grande, há muito tempo. A economia da Ilha da Magia tem no Festival Folclórico, o que a cidade de Manaus e o Amazonas tem na Zona Franca, a principal mola propulsora de seu desenvolvimento social.

Para citar um exemplo, Parintins hoje é maior polo de educação no Amazonas depois da capital, com mais de oito instituições ofertando mais de 5 mil vagas somente no ensino superior, proporcionando educação de qualidade não só para os moradores locais, mas também de outros municípios do baixo Amazonas, entre eles Barreirinha, Juruti, Nhamundá e Terra Santa.

Sua população que em 1968 era de pouco mais de 34 mil habitantes, experimentou um crescimento de 350% em pouco mais de 50 anos, e hoje possui 120 mil habitantes.

O conteúdo desta edição tem o objetivo de tentar mostrar de alguma forma a importância da Cultura para o Estado do Amazonas e para a Amazônia, e que esse movimento pode ser uma importante ferramenta de inclusão e de desenvolvimento da região Amazônica.

Nas próximas páginas você vai poder conhecer os personagens que estão à frente do espetáculo hoje, a origem do festival, a história dos bois Garantido e Caprichoso, como funciona a disputa que ocorre durante três noites, e principalmente como foi a evolução de uma brincadeira de roda que virou brincadeira de Gente Grande, e hoje é o sustento de toda a comunidade.

Aproveitem e até a próxima.

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