Da Redação, com informações da Embrapa
Nesta terça-feira, 12, as empresas finalistas do InovAmaz 2023, da Embrapa Amazônia Oriental, apresentarão suas propostas à cadeia de inovação em bioeconomia, imprensa e agentes financiadores. Será o primeiro evento após a divulgação dos selecionados no segundo edital do programa, na última quinta-feira (veja abaixo).
Durante o encontro, haverá paineis sobre como funciona a parceria com a Embrapa, além da abordagem sobre desafios e oportunidades de se fazer inovação de impacto na Amazônia. Também será o momento de conhecer experiências inspiradoras de sucesso, em harmonia com a manutenção da floresta em pé, e associadas à geração de renda e benefícios às comunidades locais.
A empresas selecionadas são:
- Manioca, com duas propostas: quantificação de compostos cianogênicos na cadeia produtiva de tucupi amarelo e desenvolvimento de processo para reaproveitamento do resíduo da temperagem do tucupi;
- ParaOil, com a proposta da produção de blend de manteiga de cupuaçu com o óleo de andiroba;
- AirBee, com o mapeamento da flora alvo meliponícola para crescimento sustentável no estado do Pará;
- Wood Scan, que visa desenvolver um processo de inspeção de tipologia e/ou identificação botânica de espécies de madeiras da Amazônia.
A apresentação das propostas será na sede da Embrapa, em Belém (PA) e contará também com uma degustação de produtos da sociobiodiversidade amazônica.
Sobre o Programa – O InovAmaz 2023 foi o segundo edital de inovação aberta lançado pela Embrapa no Pará e buscava parceiros em todo território nacional, para desenvolver em conjunto, soluções tecnológicas inovadoras com impacto social, ambiental e econômico para o território amazônico.
Para Bruno Giovany de Maria, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, da Embrapa Amazônia Oriental, as propostas, selecionadas a partir de critérios técnicos, têm grande potencial para desenvolver soluções sustentáveis de impacto para a cadeia da bioeconomia regional. Ele explicou que os projetos deverão ser executados no prazo máximo de até 60 meses, após o início oficial do projeto, e de acordo com a fonte financiadora.
“Hoje em dia ninguém faz inovação sozinho, pois as competências estão distribuídas nas mais diversas instituições e nos mais diversos ambientes, assim como na sociedade em geral. Para fazer inovação precisamos entender quais dores e quais as oportunidades reais de mercado. A inovação pode ocorrer de modo econômico, ou um pacto social de impacto ambiental, mas precisa partir de uma intervenção ou da criação de um novo produto, que modifique para melhor a vida das pessoas ou comunidades”, afirmou.
O gestor lembrou ainda que a Amazônia é dona de uma biodiversidade imensa, com potencial inimaginável de oportunidades a partir de micro-organismos, espécies vegetais e animais e que, identificadas, podem gerar insumos, ingredientes para cosméticos, fármacos e outros produtos de alto valor agregado, mantendo a floresta em pé e com benefícios para toda sociedade. “A gente só consegue isso unindo esforços. A Embrapa tem capacidade técnica, infraestrutura, mas precisa de parceiros comerciais para gerar escala e levar as soluções ao mercado, para o dia a dia das pessoas”, enfatiza Bruno Giovany.