Há uma crença antiga de que para gerar riqueza na Amazônia é preciso derrubar a floresta primeiro, para então depois produzir.
Os registros de atividade econômica apontam a agropecuária, o extrativismo, a mineração e a indústria como principais fontes de renda na região, todas sem a necessidade da floresta em pé.
Acontece que o mercado está impondo uma nova realidade, e apontando o caminho inverso para promover o desenvolvimento socioeconômico na Amazônia e a geração de riqueza que possa sustentar seus habitantes.
Atualmente, a floresta em pé, e preservada, é um ativo financeiro valorizado no mercado internacional, e pode ser comercializado no mercado de carbono.
O mercado de carbono surgiu durante a ECO-92, no Rio de Janeiro, na Convenção das Nações Unidas.
Em 1997, em Quioto, Japão, foi decidido que os países signatários deveriam assumir compromissos mais rígidos para a redução das emissões de gases que agravam o efeito estufa, ficando conhecido como Protocolo de Quioto, que só entrou em vigor em 2004.
Assim, o objetivo central do Protocolo de Quioto passa a ser que os países limitem ou reduzam suas emissões de gases de efeito estufa. Por isso, a redução das emissões passa a ter valor econômico.
Os créditos de carbono (ou VERs – Verified Emission Reduction, em inglês) podem ser gerados em qualquer lugar do mundo e são auditados por uma entidade independente do sistema das Nações Unidas.
Na entrevista desta edição, PIM Amazônia conversou com o deputado federal Marcelo Ramos, autor do projeto de lei que regulamenta o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), o que pode ser uma oportunidade para a criação de uma nova matriz econômica no Estado do Amazonas.
Até a próxima e boa leitura!
Editorial PIM Amazônia – Ed. 134 (05/2021) – Ano XI
Por Juarez Filho – Diretor Executivo