Da Redação, com informações da Abraciclo e Inmet
“Rios e Transporte na Amazônia” é o tema de um evento on-line que ocorre nesta segunda-feira, 11, à noite, com representantes de órgãos federais e associações. A ideia é debater como os baixos níveis de profundidade dos rios amazônicos, cenário constante nos últimos meses, comprometem a vida das comunidades e a logística das empresas lá instaladas.
O debate é parte do projeto “Diálogos Amazônicos”, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com apoio da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
Participam do webnar Erick Moura de Medeiros, diretor de Infraestrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e Luis Fernando Resano, diretor da Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (ABAC), que vão destacar a situação atual da seca, seus impactos e soluções possíveis para esse problema.
O encontro começa às 19h (horário de Brasília), no canal do YouTube da FGV, e tem transmissão ao vivo e aberta a qualquer pessoa interessada. Para saber mais e se inscrever, clique aqui.
Pescadores artesanais vão receber recebem auxílio do governo
No início deste mês, houve o anúncio de que pescadores artesanais beneficiários do seguro-defeso de 93 municípios reconhecidos pelo governo federal como em situação de emergência decorrente de estiagem, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas e Pará receberão um auxílio extraordinário de R$ 2.640, com pagamento em parcela única. A Medida Provisória (MP) foi publicada no Diário Oficial da União de 1º de novembro.
O pescador terá direito mesmo que seja titular de outros benefícios assistenciais ou previdenciários ou de outro benefício de qualquer natureza. Os s ministérios da Pesca e Aquicultura e da Previdência Social devem regulamentar a MP, com os procedimentos necessários para que o pagamento seja feito.
El Niño – Várias cidades da região estão passando por uma série de problemas relacionados à estiagem e aos impactos do fenômeno El Niño. Em Manaus, no último dia 5, uma tempestade de areia causou estrados e assustou a população. Na semana passada o Sistema de Proteção a Amazônia (Sipam) alertou que a tempestade pode voltar a a ocorrer até o fim deste ano.
A tempestade de domingo ocorreu após dias com uma névoa de fumaça densa encobrindo a capital amazonense, a partir de uma grande ventania registrada principalmente na Zona Oeste de Manaus, que resultou na suspensão de partículas de areia, provocando a “tempestade de areia” na região. Os ventos fortes provocaram queda de energia em algumas localidades e destelharam pelos menos três casas na capital.
Temperatura segue atingindo níveis recordes no país
Nos últimos meses, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) vem realizando uma análise meteorológica específica para o Brasil, utilizando dados de temperatura média do ar das estações meteorológicas do Inmet espalhadas por todo o território nacional. De acordo com o levantamento, as temperaturas ficaram acima da média histórica nos meses de julho a outubro.
Dentre os quatro meses consecutivos mais quentes deste ano, setembro apresentou o maior desvio (diferença entre o valor registrado e a média histórica) desde 1961, com 1,6ºC acima da climatologia de 1991/2020 (média histórica).
Em 2023, esses quatro meses foram marcados por calor extremo em grande parte do País e eventos de onda de calor, reflexo dos impactos do fenômeno El Niño. Além disso, segundo o Inmet, outros fatores têm contribuído para a ocorrência de eventos cada vez mais extremos, como o aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos.
O Inmet afirma que o ano de 2023 deve ser o mais quente desde da década 60, no país.
