Exportações japonesas sofrem primeira queda em 2 anos e preocupam economistas

Segundo o Ministério das Finanças do Japão, queda foi de 0,3% em julho na comparação anual

Por Tetsushi Kajimoto/Reuters

As exportações do Japão caíram em julho pela primeira vez em quase dois anos e meio, afetadas pela procura fraca por óleo leve e equipamentos para fabricação de chips.

A baixa destaca preocupações com uma recessão global à medida que a demanda em mercados importantes como a China perde força.

As exportações japonesas caíram 0,3% em julho na comparação anual, mostraram dados do Ministério das Finanças na quinta-feira (17), em comparação com uma queda de 0,8% esperada por economistas em pesquisa da Reuters e após aumento de 1,5% no mês anterior.

Dados separados do Escritório do Gabinete mostraram que um indicador importante das despesas de capital aumentou em junho. No entanto, os fabricantes estão preparados para uma queda nas encomendas durante o trimestre atual, em parte devido à fraca demanda externa.

No geral, os dados destacaram a fragilidade nas exportações do Japão, que haviam ajudado a sustentar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) melhor do que o esperado no segundo trimestre, com embarques de carros e turismo como os maiores impulsionadores.

As autoridades japonesas estão contando com as exportações para sustentar a terceira economia do mundo e compensar a falta de consumo privado que sofreu devido ao aumento dos preços.

No entanto, o espectro de uma desaceleração global mais acentuada e crescimento fraco na China, principal mercado do Japão, levantaram preocupações sobre as perspectivas.

Banco Mundial alertou que taxas de juros mais altas e crédito mais restrito terão um impacto maior no crescimento global em 2024.

Por destino, as exportações para a China, maior parceiro comercial do Japão, caíram 13,4% em julho em relação ao mesmo período do ano anterior, devido a quedas nos embarques de automóveis, aço inoxidável e microchips, após recuo de 10,9% em junho.

As remessas com destino aos Estados Unidos aumentaram 13,5% em relação ao ano passado, para o maior valor já registrado, lideradas por veículos elétricos e autopeças, após um aumento de 11,7% no mês anterior.

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