O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, ao abrir a reunião-almoço nesta quinta-feira, 20, com o secretário especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Alexandre Ywata, destacou que, embora haja pendências em discussão, o governo federal tem demonstrado posicionamento amplamente aberto ao debate de possibilidades que assegurem a competitividade do modelo Zona Franca de Manaus. “Essa é uma parceria em que ambas as partes saem ganhando, de que estamos diante de uma convergência que trará bons frutos para a região”, disse Silva.
“Tenho certeza que iremos aparar essas arestas ainda remanescentes da questão do IPI e avançaremos para ações de cunho mais estratégico, como o Centro de Biotecnologia da Amazônia, o CBA, Reforma Tributária e o cenário de inovação e pesquisa da região”, citou Antonio Silva, no encontro que contou com a presença de representantes da indústria e do superintendente da Suframa, Algacir Polsin, entre outros.
Na ocasião, Ywata falou sobre a importância do Decreto nº 11.182/2022 para a Zona Franca de Manaus (ZFM) e as parcerias que garantem a competitividade da indústria amazonense, com a redução de 35% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) da maioria dos itens fabricados no Brasil, e que preserva a competitividade dos produtos da Zona Franca de Manaus (ZFM). “Nesse decreto ficou muito claro, a necessidade e a vantagem de a gente estar sempre em contato e dialogando com o setor produtivo local do Amazonas, porque quem entende de Amazonas é quem mora, quem produz, quem emprega aqui na região”, declarou o secretário.
“Quero parabenizar e destacar todo trabalho feito pela equipe da Suframa, que está fazendo um super trabalho, integrado ao Ministério da Economia. A gente tem tido um diálogo constante, e eu acho que o reflexo de todo esse trabalho está aparecendo agora, em números”, disse o secretário.
Segundo ele, o Ministério da Economia tinha um backlog de aprovação de PPB (Processos Produtivos Básicos) de em média 400 dias ou até um pouco mais para ser aprovado um novo PPB, e hoje esse número está em torno de 96 dias. “A regulamentação estipula um prazo máximo de 120 dias, mais aí com todo o esforço da Suframa e nós, lá do Ministério da Economia, a gente trouxe esse prazo para 96 dias”.
De acordo com Ywata, graças a um trabalho integrado, chegou-se a uma proposta convergente, em que de um lado se trouxe a redução de custos para a indústria brasileira, que isso é fundamental, porque é preciso reindustrializar o Brasil e, do outro lado, conseguiu proteger e garantir a produtividade da produção industrial em Manaus.
“Eu acho que com isso o investidor, o produtor aqui de Manaus se sentiu mais seguro, e falou agora a gente tem segurança jurídica, o horizonte está muito claro, muito transparente, e agora a produção de Manaus vai ser garantida e mantida, além de competitiva, e com isso, novos investimentos estão surgindo, estão previstos para os próximos anos”, assinalou o secretário.
Reunião do CAS
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas e vice-presidente da CNI, Antonio Silva, também participou. nesta quinta-feira (20), da 306° reunião ordinária do Conselho de Administração da Suframa (CAS). Na ocasião, foram aprovados 40 projetos industriais e de serviço, sendo 16 de implantação e 24 de atualização, com previsão de investimentos de totais de R$ 1,386 bilhão, bem como geração de 1.589 empregos e incremento de faturamento no Polo Industrial de Manaus (PIM) de R$ 4,47 bilhões em até três anos.
A reunião foi presidida pelo secretário Alexandre Ywata e também contou com a presença do superintendente da Suframa, Algacir Polsin, o representante do governo do Amazonas José Jhones Correia, o representante do governo de Roraima, Emerson Baú, o representante do governo do Acre, José Amarísio e o representante do governo de Rondônia, Jailson Viana.