Por Jemisson Marinho
Durante anos, a Finlândia esteve entre os grandes investidores do Polo Industrial de Manaus. Um ano após o lançamento do iPhone, o país europeu ainda era o 4º maior investidor na indústria amazonense, tendo investido US$ 447 milhões em 2008, atrás apenas do Japão, Estados Unidos e Países Baixos…
Por Jemisson Marinho
Não é novidade para ninguém que a Nokia sucumbiu à nova realidade do mercado de celulares trazida pela Apple de Steve Jobs, em 2007, com o lançamento do iPhone. De líder absoluta no mercado global, a companhia finlandesa encolheu tanto que a divisão de telefonia móvel foi vendida para a Microsoft. O cenário novo influenciou diretamente nos investimentos da Finlândia no Polo Industrial de Manaus – os investimentos na indústria amazonense caíram em mais da metade. Assim, de “realidade”, o país europeu vem migrando para o status de “potencialidade”.
Durante anos, a Finlândia esteve entre os grandes investidores do Polo Industrial de Manaus. Um ano após o lançamento do iPhone, o país europeu ainda era o 4º maior investidor na indústria amazonense, tendo investido US$ 447 milhões em 2008, atrás apenas do Japão, Estados Unidos e Países Baixos.
Em menos de uma década – seis anos, especificamente –, o país reduziu em 58% o valor investido no Polo Industrial e caiu para a 8ª posição entre os maiores investidores estrangeiros de 2013, sendo ultrapassado por França, Coreia do Sul, Áustria e Holanda.
O último levantamento da Superintendência da Zona França de Manaus (Suframa) apontava para a presença de apenas três companhias finlandesas na capital amazonense, a Nokia, a Salcomp e a Lite-on, sendo que as duas últimas vieram para o Amazonas para serem fornecedoras de componentes da ex-gigante do mercado de telefonia móvel. “Ao longo dos últimos sete anos, de 2008 a 2014, estas empresas tiveram redução no investimento fixo, diminuindo sua participação na formação bruta de capital fixo do PIM”, destacou o economista Aílson Rezende, especialista em investimento estrangeiro no PIM.
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