O número de desempregados no primeiro trimestre de 2018 atingiu 13,7 milhões, representando um crescimento de 11,8% em relação ao mesmo período de 2017. Em relação ao total de brasileiros, a taxa de desocupação alcançou a porcentagem de 13,1%. O saldo é 1,4 milhões de desempregados a mais no país este primeiro trimestre comparado à mesma datação do ano passado.
O confronto entre esses dois trimestres ainda revelou redução de 408 mil pessoas (- 1,2%) no total de empregados do setor privado com carteira de trabalho assinada. Essas informações fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), referente ao primeiro trimestre de 2018, divulgada hoje (27) pelo IBGE.
Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, nesse período do ano é de se esperar um aumento da desocupação, por causa da dispensa de trabalhadores temporários: “Teve um movimento sazonal atuando, mas houve uma dispensa expressiva de trabalhadores e isso, consequentemente, se reverteu em uma perda expressiva de postos de trabalho e no aumento de pessoas na fila da desocupação”.
De forma geral, ainda de acordo com o coordenador, houve queda do emprego em todas as formas de inserção no setor privado, tanto em postos com carteira assinada como nos sem carteira. Assim, no trimestre de janeiro a março, o contingente de pessoas ocupadas chegou a 90,6 milhões e ficou 1,7%, menor que o encontrado no trimestre anterior. Isso representou uma redução de 1,5 milhões de pessoas ocupadas.
É importante destacar ainda a diminuição de postos de trabalho na Indústria (2,7%, ou menos 327 mil pessoas), Construção (5,6%, ou menos 389 mil pessoas) e Comércio (2,2%, ou menos 396 mil pessoas). “Esses grupamentos apresentaram quedas importantes, em especial na construção. Há várias obras e grandes investimentos imobiliários parados, o que impactou nesse resultado”, esclarece Cimar.