Entre as muitas mãos responsáveis pela Usina de Geração de Energia que alimenta o distrito de Porto Trombetas, no oeste do Pará, estão as do jovem Diego Soares, da comunidade Ajudante. Aos 21 anos, o eletricista está entre os 108 profissionais de 18 a 29 anos que integram o quadro de jovens profissionais da Mineração Rio do Norte (MRN). Há três anos atuando na empresa, ele recorda em detalhes os caminhos trilhados até aqui.
“Assim que meu ensino médio terminou, o processo seletivo para Jovem Aprendiz da MRN abriu. Fiz as provas e, quando o resultado saiu, não acreditei e fiquei muito feliz”, lembra o jovem que, ao saber de seu potencial, segue ainda mais focado em seus objetivos. Ao lado de empregados experientes, ele aproveita para aprender e vislumbra um futuro ainda melhor.
“No meu setor há vários profissionais que são referências. Aqueles que as pessoas olham e dizem: ‘chama ele, que ele pode resolver’. É onde quero chegar. Falta muito, mas sei que, lá na frente, serei eu também ajudando outros jovens”, afirma.
Ao ver a trajetória do Diego, o gerente técnico de Manutenção Elétrica, Ney Demétrio, também lembra de sua entrada na empresa. Recém-formado no curso de técnico em eletrônica, ele desembarcou em Porto Trombetas na década de 80, com apenas 19 anos de idade. Hoje, aos 56, ele salienta que um dos principais diferenciais do jovem no mercado de trabalho é o rápido domínio da tecnologia. Uma realidade que, em sua época como estagiário, era distante.
“Não era como hoje. Por isso, o que podemos fazer para ajudar esses jovens que estão chegando é exatamente repassar tudo que for importante para o desenvolvimento profissional. Dicas e apoios que fazem a diferença no futuro deles. Mas, ao mesmo tempo, se permitir aprender com eles. Eu observo que muitos deles conseguem nos passar coisas que não são do nosso conhecimento e nem do nosso domínio”, aponta.
Aprendizados
Diego lembra ainda que as dificuldades foram muitas, mas que sempre buscou acreditar que poderia melhorar a cada dia. Segundo ele, entender que o estudo é o principal fator para a conquista de objetivos tem sido fundamental.
“Mesmo que eu não ficasse na mineração, o que me motivava era saber que eu precisava de conhecimento. Eu vejo que o maior aprendizado que posso levar daqui é a segurança. Se algo não é seguro, você pode torná-lo, então a minha percepção sobre isso mudou muito”, garante.
E são esses os saberes que muito orgulham Ney Demétrio e que foram cruciais na contratação de Diego. O gerente técnico explica que, independentemente do setor, quando se trata de mineração, o senso de segurança é primordial.
“Quando isso é colocado em mente, pode-se dizer que 70% do seu lado profissional está encaminhado. É claro que há valores como humildade e saber ouvir, mas a sua segurança e a dos demais deve estar em primeiro lugar”, pontua.
Oportunidades
A jovem Keren Hapuque, de 24 anos, é outro exemplo de quem tem feito a diferença no mercado. Ela já atuava em uma empresa parceira e foi contratada pela MRN após participar de um processo seletivo.
“Os aprendizados são inúmeros, mas posso destacar que a resiliência e o trabalho em equipe são indispensáveis. Eu acredito que quando há soma da inovação jovem com a experiência dos veteranos os resultados são incríveis. É reconhecer que precisamos uns dos outros, que desistir não é uma opção e entender que a nossa determinação e esforços nunca serão em vão”, conta a assistente administrativa.
Almer Moreira, gerente geral de Recursos Humanos da MRN, ressalta que o engajamento desse público está entre os compromissos da empresa. Além do programa de Jovem Aprendiz, a MRN dispõe de um Programa de Desenvolvimento de Trainees, focado no desenvolvimento de competências a partir da aprendizagem, mentoria e treinamentos.
“A contratação de jovens para nós é de grande valia, porque é um profissional que está sempre disposto a mudanças, que agregam e ajudam a aprimorar o que nós já sabemos. Então é, sem dúvidas, uma troca constante”.
Fonte: Temple Comunicação