Da Redação
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Considerado o maior Festival de Ópera da América Latina, o Festival Amazonas de Ópera (FAO) teve sua 26ª edição cancelada por falta de recursos. A informação partiu da própria Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa (SEC), que, em nota (veja abaixo), atribuiu o cancelamento a um decreto estadual que restringiu os gastos do governo por tempo indeterminado, aliado à falta de parcerias suficientes que pudessem viabilizar a realização do evento.
A nota destaca que o decreto objetiva reduzir gastos visando a manutenção do equilíbrio orçamentário do governo e dos serviços prioritários.
Durante o encerramento da 25ª edição do festival, no ano passado, o governo do Amazonas chegou a divulgar quais montagens seriam executadas neste ano. Os espetáculos estavam previstos para acontecer do dia 16 de abril a 26 de maio. À época, o secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz, ressaltou que o anúncio antecipado das atrações para o próximo ano permitiria ampliar o alcance do festival. “Dessa forma, proporcionamos às pessoas interessadas em conhecer o Amazonas, o teatro e nossa cultura a oportunidade de planejar sua visita ao nosso estado. Além disso, conseguimos atrair mais apoio”, afirmou na época.
Criado em 1997, o Festival Amazonas de Ópera (FAO) tem como palco o Teatro Amazonas, em Manaus. Sob a direção de Luiz Fernando Malheiro, o festival é reconhecido como um dos principais eventos líricos da América Latina e ganhou destaque internacional ao incluir em seu repertório títulos raros ou menos encenados, como “Lulu”, de Alban Berg, ou “Magdalena”, de Villa-Lobos.
Nota da SEC sobre o cancelamento
“A Secretaria de Cultura e Economia Criativa informa que o Festival Amazonas de Ópera (FAO) não será realizado em 2024, uma vez que o está em vigência, por tempo indeterminado, decreto de redução de gastos, para manter o equilíbrio orçamentário do governo e manutenção de serviços prioritários.
Por entender que o equilíbrio fiscal é prioridade para os futuros avanços na administração pública do Amazonas, a secretaria buscou nos últimos meses a captação de recursos, junto à iniciativa privada, dentre outras possibilidades de parcerias que viabilizassem a produção do evento deste ano, porém sem conseguir chegar aos valores necessários.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa reconhece e reforça o compromisso com a promoção e difusão da economia da cultura, como um vetor para alavancar a receita; na valorização dos artistas e dos fazedores de cultura e, na potencialização das manifestações artísticas no interior do estado.”