Segundo pesquisa da ABEMF, 72% concentram suas compras em marcas que oferecem benefícios
Dos 152 milhões de brasileiros com acesso à internet, 68 milhões fazem parte de algum programa de fidelidade, o que representa uma penetração de mercado de 45%. Os dados fazem parte de um estudo divulgado pela ABEMF (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização) com 1.200 pessoas para mapear as percepções e os hábitos dos consumidores e os impactos e oportunidades recorrentes do atual momento econômico do País.
“Esse número demonstra um avanço significativo do setor que, há alguns anos, registrava uma estimativa média, de 20% a 30% de penetração, e, também, que existe um grande espaço para crescimento das empresas desse segmento”, explica o presidente da ABEMF.
O estudo aponta ainda que os brasileiros estão aproveitando melhor as oportunidades. O percentual de pessoas que preferem e concentram suas compras em marcas que oferecem programas de fidelidade passou de 65%, em 2019, para 72%, em 2022.
Além disso, 56% dos entrevistados possuem dois ou mais programas de fidelidade e o nível de satisfação dos usuários com as recompensas oferecidas nos programas que participa é de 91%. Outro dado indica que 9 entre 10 deles já realizaram algum resgate nos últimos 6 meses, sendo os mais citados: cashback, representando 39%.
Crise econômica
O momento econômico delicado, em um forte cenário de pressão inflacionária e endividamento das famílias, apareceu como um destaque entre os usuários de programas de fidelidade: 60% passaram a usar mais os programas após o início da pandemia ou pretendem passar a usar com maior frequência.
Para 78%, há a percepção de que os programas ajudam a economizar e 71% concordam que eles são parceiros importantes para enfrentar a atual crise econômica – esse número subiu 11 pontos percentuais desde a última pesquisa, realizada em 2019, quando estava em 60%.
Quando questionados se os programas de fidelidade possibilitaram resgates de produtos/serviços que não teriam condições de pagar para consumir durante a pandemia, há dois anos, 59% dos respondentes disse sim, hoje, esse número ficou em 66%
Fonte: Mercado&Consumo / Imagem: Shutterstock