Mercosul e Unasul estão na lista de meta para reconstrução do diálogo, diz Lula

Ao tomar posse no Congresso, petista destacou a reconstrução do diálogo "altivo e ativo" com os Estados Unidos, a comunidade europeia, a China e os países do Oriente, citando também o fortalecimento dos Brics

Por Amanda Pupo, Giordanna Neves, Eduardo Rodrigues, Sofia Aguiar e Lavínia Kaucz, do Estadão Conteúdo

O presidente da República, agora empossado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou neste domingo (1º) que seu governo irá retomar a integração sul-americana, a partir do Mercosul, da revitalização da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e das demais instâncias de articulação da região.

Lula ainda destacou a reconstrução do diálogo “altivo e ativo” com os Estados Unidos, a comunidade europeia, a China e os países do Oriente, citando também o fortalecimento dos Brics.

“Sobre esta base poderemos reconstruir o diálogo altivo e ativo com os Estados Unidos, a Comunidade Europeia, a China, os países do Oriente e outros atores globais; fortalecendo os Brics, a cooperação com os países da África e rompendo o isolamento a que o país foi relegado”, disse Lula após ser empossado como 39º presidente da República.

O petista disse ainda que os olhos do mundo estiveram voltados para o Brasil nas últimas eleições, e que o mundo espera que o País volte a ser um líder no enfrentamento à crise climática e “um exemplo de país social e ambientalmente responsável”. “Capaz de promover o crescimento econômico com distribuição de renda, combater a fome e a pobreza, dentro do processo democrático”, concluiu.

Brasil retoma relação com a Venezuela

O novo governo do presidente Lula vai restabelecer relações diplomáticas totais com a Venezuela a partir de hje (1º).

Mauro Vieira, que será empossado ministro das Relações Exteriores neste domingo, disse que vai enviar logo nos primeiros dias de governo diplomatas ao país vizinho para reabrir a embaixada brasileira em Caracas.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, poderia até presenciar a posse de Lula, depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) revogou uma portaria de 2019 que impedia sua entrada no Brasil, mas acabou cancelando sua participação.

As relações entre os dois países estavam suspensas desde 2019, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro resolveu reconhecer o então líder opositor Juan Guaidó como “presidente interino” da Venezuela.

O restabelecimento das relações com a Venezuela é visto como um acerto pela grande maioria dos especialistas em relações internacionais, alguns deles ouvidos pela reportagem nos últimos dias.

(*Com informações de Américo Martins, da CNN)

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