Da Redação, com informações da Secretaria-Geral da Presidência
A partir desta sexta-feira, 4, começam em Belém (PA) os Diálogos Amazônicos, evento que se estenderá até 6 de agosto e integra a programação oficial da Cúpula da Amazônia, que ocorrerá nos dias 8 e 9 de agosto, na capital paraense. Durante os Diálogos, representantes da sociedade civil vão debater propostas para a formulação de novas estratégias para a região. As atividades ocorrerão no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, tanto em plenárias, quanto em 405 atividades auto-organizadas pela sociedade civil, academia, centros de pesquisa e agências governamentais. Essas últimas se estenderão para além dos limites do Hangar, com mobilizações em diferentes pontos da cidade.
A abertura oficial dos Diálogos ocorre na noite de sexta, mas desde o início da manhã, inúmeras atividades já estão programadas em Belém. A expectativa é que os Diálogos resultem em cinco relatórios que serão entregues aos oito presidentes dos países amazônicos presentes à Cúpula da Amazônia. Até o fim dos Diálogos, mais de 10 mil pessoas circularão pelas áreas das atividades do evento.
Os Diálogos da Amazônia são coordenados pela Secretaria-Geral da Presidência da República, em articulação com o Ministério das Relações Exteriores e diversos outros ministérios. O evento conta com a parceria do Governo do Estado do Pará e da Prefeitura de Belém.
“Os relatórios serão entregues aos presidentes por representantes da sociedade civil amazônida e neles estarão toda a realidade vivida pelos indígenas, pelos ribeirinhos, pelas mulheres, pelos negros, pelos jovens nos mais de 7 milhões de quilômetros quadrados cobertos pela maior floresta tropical da Terra”, afirmou o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, coordenador dos Diálogos Amazônicos, que participará também da Cúpula da Amazônia.
Eventos independentes ocorrem antes, durante e depois aos Diálogos
Fórum das Cidades Amazônicas – Foto: João Gomes
Um dos eventos independentes aos Diálogos que também ocorrem na capital paraense esta semana é o Fórum das Cidades Amazônicas, que reúne os prefeitos e outras autoridades de vários municípios e países da Amazônia Legal, e começou na quinta-feira, 3, sob a organização de mais de 15 instituições, incluindo a Prefeitura de Belém.
Durante coletiva de imprensa, o prefeito da capital paraense, Edmilson Rodrigues, destacou o que a ideia do Fórum é ressaltar que “a Amazônia, que é floresta, é uma biodiversidade, também é o povo. Somos ainda uma região urbanizada, que necessita de políticas públicas específicas. Então, este evento vai mostrar isso, na expectativa do encerramento dos debates ser redigida a Carta de Belém, onde vão estar os anseios das cidades amazônicas para que seja apresentada à Cúpula da Amazônia.”
Segundo informações da Agência Belém de Notícias, o Fórum conta ainda com a participação de pessoas de oito países da América Latina e segue até sexta-feira, 4, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia.
Amazônia indígena
Também na sexta-feira, 4, ocorrerá a Assembleia dos Povos da Terra pela Amazônia, organizado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e várias outras organizações representativas dos povos indígenas. Segundo informações divulgadas pela Apib, “a Assembleia faz parte dos esforços políticos do movimento indígena para incidir na IV Reunião de Presidentes dos Estados signatários da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que acontecerá entre os dias 4 e 6 de agosto, e na Cúpula da Amazônia, entre 8 e 9 de agosto, ambos na capital paraense.”
Cultura, Sustentabilidade e Cidadania Climática
Já no dia 7 de agosto, véspera da Cúpula da Amazônia, será realizado o I Fórum Internacional Cultura, Sustentabilidade e Cidadania Climática, evento promovido pelo Consórcio Interestadual Amazônia Legal, por meio da Câmara Técnica de Cultura, e Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), que tem co-realização do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura e apoio do Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (IPAM).
Segundo informações da Agência Pará, o Fórum busca relacionar as práticas e as experiências culturais ao desafio social mais contemporâneo: as mudanças climáticas e a inclusão produtiva de mais de 50 milhões de pessoas que vivem nos países da Pan-Amazônia.
No encontro, também serão debatidas pautas como inovação produtiva e a cultura que forma uma mentalidade voltada para a sustentabilidade. Além disso, será debatida a cultura sobre uma perspectiva social e econômica, uma economia verde e solidária que possa dar visibilidade a saberes e práticas não só ancestrais, mas aquelas que surgem no cotidiano da cidade que formam essa região.