Fala foi resposta a uma pergunta sobre relatórios no ano passado sobre a construção de mais de 100 novos silos de mísseis nucleares no leste da China.
A China fez “progresso impressionante” no desenvolvimento de novas armas nucleares, mas só as usará para autodefesa, disse o ministro da Defesa chinês, Wei Fenghe, a delegados no Diálogo Shangri-La neste domingo (12).
Em resposta a uma pergunta sobre relatórios no ano passado sobre a construção de mais de 100 novos silos de mísseis nucleares no leste da China, ele disse que a China “sempre buscou um caminho apropriado para desenvolver capacidades nucleares para proteção de nosso país”.
Ele acrescentou que as armas nucleares exibidas em um desfile militar de 2019 em Pequim – que incluiu lançadores atualizados para os mísseis balísticos intercontinentais DF-41 da China – estavam operacionais e implantadas.
“A China desenvolveu suas capacidades por mais de cinco décadas. É justo dizer que houve um progresso impressionante”, disse ele. “A política da China é consistente. Nós a usamos para autodefesa. Não seremos os primeiros a usar armas nucleares.”
Ele disse que o objetivo final do arsenal nuclear da China é evitar uma guerra nuclear.
“Desenvolvemos capacidades nucleares para proteger o trabalho duro do povo chinês e proteger nosso povo do flagelo da guerra nuclear”, disse ele.
O Departamento de Estado dos EUA no ano passado chamou de preocupação o acúmulo nuclear da China e disse que parecia que Pequim estava se desviando de décadas de estratégia nuclear baseada em dissuasão mínima. Ele pediu à China que se envolva com ele “em medidas práticas para reduzir os riscos de corridas armamentistas desestabilizadoras”.
Fonte: Reuters
Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters