Movelarias buscam diferencial

Por Margarida Galvão

Os fabricantes de móveis do Polo Industrial de Manaus (PIM) não estão nada contentes com os rumos que o setor tomou neste ano. Empresários das micro e pequenas indústrias do setor moveleiro afirmam que a pouca representatividade somada à batida maciça em torno da preservação da floresta pode ser a pá de cal para enterrar de vez um segmento que já teve 140 empresas e hoje está reduzido, haja vista que algumas fecharam enquanto outras mudaram de ramo. A direção do Sindicato da Indústria de Marcenaria de Manaus (SIMM) lamenta a falta de força da entidade de classe, que hoje conta com nove empresas filiadas. Os dirigentes do órgão trabalham para reestruturá-lo sem o uso da madeira tradicional.

 

O presidente do SIMM, Roberto Benedito de Almeida, disse que essas empresas trabalham produzindo móveis em geral, como portas, armários modulados, estofados e carteira escolar. Ele atesta que a situação dessas empresas não está nada boa. Em primeiro lugar, pela falta de tradição do Amazonas na produção em grande escala; em segundo, pela pouca representatividade do segmento para a economia regional. “O setor trabalhava com madeira primitiva (da floresta), o que para nós não interessa mais, porque esse sistema foi todo desmontado, ficou obsoleto”. Hoje, o setor está trabalhando com MDF (madeira reflorestada), ou seja, triturada feito pó.

 

Roberto Almeida avalia que o Polo Moveleiro de Manaus foi um sonho que acabou. “Na hora que nasceu, mataram”, atestou, ressaltando que o sonho começou com o empresário já falecido, Igrejas Lopes, que lutou pelo setor. Inclusive, tentou usar sua influência para conseguir uma área no Distrito Industrial e não conseguiu. Há alguns anos, foi criado o Distrito Industrial de Micro e Pequenas Empresas de Manaus (Dimpe), que não atingiu o objetivo dos empresários do setor mobiliário. Segundo o dirigente, o local foi instituído para atender as empresas que trabalham com móveis de madeira, mas outros segmentos, como fitoterápicos e fitocosméticos, tomaram conta. “Perdemos espaço. Uns seis galpões concentram oito empresas que trabalham com madeira; o restante foi tomado por empresas de outros setores”.

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