A Amazônia tem os elementos necessários para gerar inovações. Quem garante é o novo presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), José Alberto Sampaio Aranha. O dirigente da entidade, no biênio 2018/2019,aponta que é preciso aproveitar o potencial existente na região e integrar os diferentes atores dos ecossistemas de inovação para implementar uma visão compartilhada de futuro. No que se refere à Zona Franca de Manaus (ZFM), o professor Aranha avalia que o modelo pode ser um indutor de desenvolvimento econômico e social, mas em paralelo precisaria ser acompanhado de um programa de empreendedorismo inovador. Nesta entrevista concedida à PIM Amazônia, o professor fala do papel da entidade e do compromisso de realizar um atendimento personalizado junto aos associados. O entrevistado é engenheiro químico pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e pós-graduado em administração pelo IAG PUC-Rio, em comércio exterior pelo CECEX RJ, e em empreendedorismo pela Nova SoutheasternUniversity (Fort Lauderdale) – FL- EUA.
Fale um pouco da Associação e sua atuação junto ao mercado e os planos de sua gestão?
José Alberto Sampaio Aranha –Criada em 1987, a Anprotec reúne cerca de 370 associados, entidades promotoras de empreendimentos inovadores, estes podem ser: incubadoras de empresas, parques tecnológicos, aceleradoras, instituições de ensino e pesquisa, órgãos públicos, organizações não governamentais e outras entidades ligadas ao empreendedorismo e à inovação. Líder do movimento no Brasil, a associação atua por meio da promoção de atividades de capacitação, articulação de políticas públicas, geração e disseminação de conhecimentos. Historicamente, o movimento vem das universidades (cerca de 60% dos associados), mas o número de entidades e organizações não governamentais (ONGs) vem aumentando muito. Nosso plano para a associação é tratar cada um destes “tipos” de associado de maneira personalizada, atendendo suas necessidades e expectativas.
Uma das bases da sua plataforma de campanha foi à promoção da Anprotec como uma associação plural. De que forma o senhor vai fazer isso?
Vamos agregar na Associação novos atores do processo de inovação. Antigamente, esse processo estava centralizado em parques e incubadoras. Isso mudou. Agora, temos as aceleradoras, espaços de coworking, áreas de inovação, e diversos novos arranjos que, na realidade, impactam fortemente os ambientes de inovação. Precisamos atrair esse pessoal que ainda não está dentro da entidade. Temos que promover um grupo plural, aberto e diversificado. Não podemos deixar que esse grupo se torne excessivamente segmentado. Ele deve ser o mais aberto possível.
Como fica a questão da sustentabilidade na Associação?
A Anprotec precisa ser estruturada para continuar sendo sustentável nos próximos anos. Mas, como fazer para que nossas diversas iniciativas e programas realmente aconteçam sem que a gente fique dependente de conjunturas momentâneas no nosso país? Nesses trinta anos, a Associação passou por diversos momentos desfavoráveis, mas sempre trilhou um caminho que a fortaleceu. Este é o momento de planejarmos as ações que irão garantir que esse fortalecimento continue nas próximas décadas.
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