Associação espera que o movimento em torno da parada chegue a pelo menos meio bilhão de reais. Foto: Alexandre Brum/Enquadrar/Estadão Conteúdo
Depois de dois anos com a realização de eventos virtuais, a Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo volta a reunir o público presencialmente na avenida Paulista, na região central da capital paulista, neste domingo (19).
A dimensão da parada é medida não só pelo volume de pessoas envolvidas, mas também pelo impacto econômico.
Em 2019, último ano antes da pandemia de Covid-19, a Parada LGBTQIA+ movimentou R$ 403 milhões na economia da cidade. O público estimado foi de 3 milhões de pessoas.
De 2017 a 2019, o número de pessoas que não vivem na capital paulista, mas viajaram só para curtir a festa chegou a 43,4% do total. Para se ter uma ideia, somente com o turismo, a movimentação foi de R$ 313 milhões há três anos.
A organização da parada espera movimentar ainda mais a economia paulistana em 2022. Segundo Renato Viterbo, vice-presidente da Associação da Parada LGBT de São Paulo, “cerca de R$ 500 a 600 milhões” devem ser injetados na economia de São Paulo na semana do Orgulho LGBT.
Um fator que incremente o impacto da parada é que não se restringe ao domingo. Feiras, seminários, palestras e outras marchas antecedem o evento.
“A gente tem cerca de 5 mil empregos direta e indiretamente. A parte de hotelaria que funciona, a parte do comércio do ambulante, da [rua] 25 de março, e também algumas pessoas físicas que conseguem ter uma renda com venda de bebidas ao longo aqui da avenida Paulista e da rua da Consolação”, diz Viterbo.
ONGs e associações que ajudam as pessoas mais vulneráveis da Comunidade LGBTQIA+ também são beneficiadas pelo movimento econômico em torno da parada.
“Apoie, dissemine a informação. Faça de fato esse acolhimento, para além só do movimento que a gente vai vivenciar no domingo na Parada LGBTQIA+, a maior do mundo. Mas eu digo: fazer isso no nosso dia a dia, acolher o outro”, comenta Beto Silva, coordenador da Casa Florescer.
Fonte: CNN – São Paulo