Polo de Informática não suportaria abertura radical

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, fez um alerta à população sobre as dificuldades que a cidade e a Zona Franca devem passar nos próximos anos devido à reforma tributária, necessária para o país, mas com “nuances de proteção” ao parque industrial que devem e precisam ter seus fundamentos observados. Arthur destacou a problemática em novo artigo no Facebook.

Além deste, o prefeito vem fazendo uma série de artigos e publicações, alertando sobre a importância estratégica da Zona Franca de Manaus para a região, para o Brasil e para a manutenção da floresta amazônica preservada, a fim de conscientizar governantes e lideranças políticas do país sobre o apoio à ZFM.

Com o anúncio do programa “Metas Nacionais Prioritárias”, referente aos 100 primeiros dias do governo Jair Bolsonaro, entre elas a independência do Banco Central, o prefeito ressalta que a ideia soa positiva nos mercados e que durante alguns anos se garantiria pelo menos 0,5% de crescimento positivo ao resultado final do PIB, pela confiança afirmada.

Outro destaque de Arthur foi sobre a indústria de informática sediada no Polo Industrial de Manaus. “Vejo que esse programa de metas recém-lançado acende sinais de alerta para nossa indústria de informática. Meu receio é que esse setor venha a ter suas alíquotas rebaixadas a níveis que lhe impeçam a sobrevivência. Nosso polo de informática, seguramente, não suportaria uma abertura radical, afugentando empresas do Amazonas”, alertou Arthur.

O objetivo do governo, descrito em sua “Ação 9”, é “reduzir os custos de aquisição de insumos, bens de capital e bens de informática”. “Boa ideia no cerne que deve, no entanto, contemplar a exceção que é a Zona Franca, projeto que nasceu para desenvolver uma região subdesenvolvida e, portanto, reduzir desigualdades regionais”, observou.

Arthur destaca o contentamento em ver as novas estratégias de abertura da economia nacional, mas considera que tudo seja avaliado e desenvolvido com muita cautela para que se evite a desindustrialização. “A diferença entre o remédio e o veneno é a dose”, comparou. “Quem sustenta a Amazônia em pé é a Zona Franca e ela precisa ser cuidada e preservada. A Zona Franca é o elo para essa preservação e o presidente Jair Bolsonaro precisa ter um olhar cuidadoso na reforma tributária do país”, completou, destacando que o desmatamento intolerável arruinaria a imagem da Amazônia aos olhos do mundo.

João Paulo Gonçalves / Semcom

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