O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), sugeriu que seja feito um esforço concentrado entre os políticos do Amazonas para levar argumentos contundentes ao Governo Federal, por meio de seu ministro da Economia, Paulo Guedes, e do secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competividade, Carlos da Costa, em favor da manutenção da Zona Franca como área estratégica para o país, bem como a preservação de subsídios e incentivos que garantam a sua competividade.
“A Zona Franca tem futuro e tem passado. Mas ela precisa de ajuda e de pessoas que se comprometam com isso. Temos que ter uma alíquota especial. Esses subsídios e incentivos não foram inventados por nós. Foram criados com a compreensão do presidente e do ministro da época de que a ZFM sustenta direta e indiretamente a economia do nosso Estado e garante a segurança nacional”, afirmou o prefeito em entrevista à Rádio Difusora do Amazonas, reforçando seu posicionamento em artigo publicado em sua página no Facebook.
A preocupação do prefeito foi acentuada pela recente declaração de Carlos da Costa, de que o Governo Federal pretende diminuir o custo do Brasil, com cortes de incentivos e subsídios à indústria nacional. “O secretário Carlos da Costa declarou que os subsídios ainda não serão extintos, dando a entender que deverão sê-los, em determinado momento dos próximos quatro anos”, lembrou Arthur.
O prefeito entende que existem subsídios e incentivos que não têm razão de ser, outros que podem ou devem ser revistos para baixo e há aqueles justos, com peso estratégico e resultados a uma região ou ao país, nos quais se encontram os destinados à Zona Franca.
”O Polo Industrial de Manaus (PIM) se enquadra, sem dúvida, no terceiro grupo. A Zona Franca, com validade até 2073, tem consagrados na Constituição de 1988 os incentivos destinados a lhe garantir condições de produção e competitividade. Nosso problema, então, não reside aí e sim na necessidade de o Ministério da Economia e sua Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade participarem, como parceiros fundamentais, do esforço para retirar o polo da crise”, sustentou.
São esses argumentos que, segundo o prefeito, devem mobilizar a classe política do Estado que deve se unir para garantir, junto ao Governo Federal, que a ZFM continue tendo a importância que sempre teve para o país e reforçando a reforma que ela deve passar, com a chegada de novos polos. “Devemos nos unir para levar argumentos válidos para que todos tenham noção do que seria de Manaus e de todo esse polo se esses subsídios forem reduzidos”, ressaltou.
Da Redação