O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende aproveitar viagem à China, no final de semana, para consultar empresários e parlamentares de centro-direita sobre a nova regra fiscal que substituirá o teto de gastos.
Para a comitiva presidencial, foram convidados congressistas de partidos como PP, Cidadania, PSDB e Podemos, bem como empresários de diferentes segmentos, de frigoríficos a bancos, como Suzano, Vale, Marfrig, Bradesco, Odebrecht e Friboi.
A ideia é que, ao lado do ministro Fernando Haddad (Fazenda), o petista faça consultas informais sobre a proposta, incluindo trechos que o presidente ainda tem dúvidas sobre a viabilidade.
Na terça-feira (21), o governo federal informou que a iniciativa só será apresentada em abril e deve ser enviada junto com a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que tem de ser encaminhada ao Congresso Nacional até 15 de abril.
O adiamento não agradou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que pretendia iniciar as negociações o mais rápido possível.
Na terça-feira (21), segundo relatos feitos à reportagem, Lira avisou ao Palácio do Planalto que não irá acompanhar a comitiva presidencial à China.
O governo federal delegou a Lira a escolha do relator da nova regra fiscal. Ele sinalizou preferência por um nome do PP, mas PT e União Brasil também pleiteiam a posição.
A nova regra fiscal levará em conta o crescimento do país, a arrecadação pública, o superávit primário e a dívida pública. Ela deve incluir um gatilho para os gastos públicos.
Apesar de ela já ter sido apresentada aos presidentes da Câmara do Deputados e do Senado Federal, Lula ainda avalia que os detalhes precisam ser aperfeiçoados.
Fonte: CNN