Primeira-ministra do Reino Unido diz que enfrentará alta nas contas de energia

Liz Truss deve aumentar o endividamento do governo para financiar políticas de auxílio à população

A primeira-ministra britânica, Liz Truss, disse que vai estabelecer na quinta-feira (8) planos para enfrentar o aumento nas contas de luz, mas que não vai impor um imposto sobre os produtores de energia. Ao invés disso, ela deve aumentar o endividamento para financiar uma dispendiosa intervenção.

Truss, nomeada primeira-ministra na terça-feira (6), prometeu uma ação imediata para enfrentar um dos mais assustadores conjuntos de desafios a serem assumidos por um líder recém-empossado na história do pós-guerra, incluindo contas de energia crescentes, uma recessão iminente e conflitos industriais.

Ela presidiu uma reunião de seu novo gabinete nesta quarta-feira (7) antes de fazer sua estreia parlamentar como líder do Partido Conservador, ficando frente a frente com o líder da oposição do Partido Trabalhista, Keir Starmer, nas importantes sessões de questionamentos ao primeiro-ministro.

“Eu sou contra um imposto novo. Acredito que é errado impedir que as empresas invistam no Reino Unido”, disse Truss aos parlamentares, acrescentando que anunciará mais detalhes na quinta-feira.

Uma fonte familiarizada com a situação disse à Reuters que Truss está considerando congelar as contas de energia em um plano que pode custar cerca de 100 bilhões de libras (US$ 115,33 bilhões), ultrapassando o esquema de auxílio para a área durante a pandemia.

O novo ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, disse a líderes empresariais que o endividamento será mais alto no curto prazo para fornecer apoio a famílias e empresas.

Investidores têm expressado preocupação com a escala de empréstimos extras que o governo do Reino Unido provavelmente precisará fazer para financiar seu esquema de apoio e os cortes de impostos prometidos por Truss durante sua campanha.

A primeira aparição de Truss no Parlamento como primeira-ministra foi aplaudida por seus aliados, recebendo forte apoio ao ficar cara a cara com Starmer, do Partido Trabalhista.

A ex-líder Theresa May foi aplaudida quando apontou que Truss é a terceira mulher do Partido Conservador a assumir o cargo de primeira-ministra, enquanto todos os líderes trabalhistas foram homens.

Truss foi escolhida por membros do partido com uma plataforma de baixos impostos menores. O seu confronto com Starmer, que questionou por que ela não consideraria um imposto para financiar seu plano de energia, estabeleceu a divisão ideológica entre os dois líderes.

“Não há nada de novo em um líder trabalhista que está pedindo mais aumentos de impostos. É o mesmo velho taxar e gastar”, disse ela, em meio a aplausos.

Fonte: Reuters

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