A produção industrial recuou 0,8% em agosto, frente a julho, após ter acumulado um resultado de 3,3% nos quatro meses imediatamente anteriores. O setor de produtos alimentícios caiu 5,5% e, depois de três meses consecutivos de crescimento, foi o que mais contribuiu para a queda do índice, seguido por máquinas e equipamentos (-3,8%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,6%) e indústrias extrativas (-1,1%).
As informações são da Pesquisa Industrial Mensal – Brasil, divulgada hoje pelo IBGE, que registrou também crescimento de 4,0% na comparação com agosto de 2016 e de 1,5% no acumulado do ano, além de uma variação de -0,1% nos últimos 12 meses.
O gerente da pesquisa, André Macedo, explica que a produção de açúcar teve forte contribuição tanto para as altas registradas anteriormente na indústria de alimentos quanto para a queda de agosto: “O açúcar é um produto com peso nesse setor. Sua produção foi favorecida pela antecipação da moagem da cana, em decorrência do clima seco que predominou nas regiões Centro-Oeste e Sudeste nos últimos meses”.
André ressalta ainda que, mesmo com a queda na produção industrial em agosto, 16 dos 24 setores investigados cresceram, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (6,2%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (5,5%): “O ganho de ritmo observado na produção a partir de novembro de 2016 contribuiu para recuperar apenas uma parcela das perdas dos últimos anos. É bom lembrar que ainda estamos 17,8% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013”.
*Informações IBGE