O projeto dos alunos do Serviço Social da Indústria (SESI) Abrahão Sabbá, em Itacoatiara, município distante 269 quilômetros de Manaus (AM), distinguido com o Prêmio Jovens Cientistas Revolucionários e Destaque em Inovação, Engenharias na Feira Brasileira de Jovens Cientistas – FBJC 2020, despertou a atenção do apresentador do programa Caldeirão do Huck, Luciano Huck.
Desenvolvido por uma equipe de alunos do ensino médio, o projeto que tem por finalidade purificar as águas do rio Amazonas e abastecer as comunidades ribeirinhas do estado, foi assunto de conversa ao vivo, de forma virtual, com Luciano Huck no dia 27 de agosto. Na ocasião, os alunos estavam concedendo uma entrevista para a equipe de jornalismo do portal de notícias do grupo Globo: G1, quando foram surpreendidos pela chamada do apresentador, que abordou pauta sobre a Amazônia e quis saber mais sobre o projeto desenvolvido por eles.
“Ficamos muito surpresos com a ligação e está sendo gratificante poder mostrar o nosso projeto. Acredito que é bom ter o reconhecimento, depois de tanto tempo dedicado e espero que no futuro possamos dar continuidade e avançar nos testes e nas pesquisas, para de fato conseguir colocar em prática e beneficiar as comunidades que não têm acesso à água tratada, além de reduzir as doenças causadas pela água contaminada”, relatou a aluna Alice Pimentel, membro da equipe.
A proposta de Alice e do colega Rickson Moraes, juntamente com o aluno do Instituto Federal do Amazonas (IFAM-Itacoatiara), Thomás Vasconcelos, é viabilizar um sistema que converte a energia elétrica em energia química, conhecida como eletrólise, para purificar as águas do rio Amazonas e abastecer as comunidades ribeirinhas do estado com água potável. De acordo o Painel Saneamento Brasil do Instituto Trata Brasil (ITB) no Amazonas, em 2019, mais de 20% da população (633.753 habitantes) não possuem acesso à água com algum tipo de tratamento.
A pesquisa começou a ser desenvolvida em julho de 2019, prolongou-se por seis meses, e demonstrou ser de baixo custo e viável para aplicação em comunidades ribeirinhas isoladas no Amazonas. O tema surgiu no Torneio SESI de Robótica 2017/ 2018, e além de render premiações na FBJC 2020, ficou entre os finalistas na Mostra Virtual da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia – Febrace 2020.
“Essa repercussão tem sido muito positiva, especialmente por saber que o projeto, em que pude auxiliar os alunos e que pode realmente fazer a diferença para as pessoas, tomou uma repercussão tão grande. E, para os alunos, é uma oportunidade de aprender e tornar realidade a ideia de solucionar um problema local”, disse o professor da escola SESI de Itacoatiara e orientador da equipe, Nicanor Bueno.
*Informações Agência CNI de Notícias
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