Unir a linguagem de programação ao ensino da matemática foi o objetivo de um projeto apoiado pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), realizado com estudantes da Escola Estadual Maria de Lourdes R. Arruda, no bairro Alvorada, zona centro-oeste de Manaus. A iniciativa, que buscou inovar no processo de ensino-aprendizagem, aliou a teoria à prática para despertar o interesse dos estudantes pela disciplina e para a área de tecnologia.
Desenvolvido no âmbito do Programa Ciência na Escola (PCE), o projeto “Movimento maker: o ensino da matemática através da linguagem de programação” foi coordenado pelo professor da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, Renato Lima. A iniciativa identificou ainda as metodologias ativas da disciplina de matemática nas escolas de educação básica para apoiar o ensino de programação no ambiente escolar.
“Os alunos demonstraram muito interesse nos processos de ensino de programação, sendo possível enxergar de uma maneira satisfatória o ensino da Matemática”, afirma o coordenador.
O aprendizado em programação contribui para o desenvolvimento do raciocínio lógico matemático e a capacidade de abstração, além de apoiar o desenvolvimento de habilidades como resolução de problemas de diversas naturezas. O professor reforça que aprender programação é importante não somente para as pessoas que desejam seguir na área de tecnologia, mas para todos, uma vez que desenvolve o raciocínio e competências necessárias para realizar atividades do dia a dia.
“O ensino da programação nas escolas de ensino fundamental pode ajudar crianças e jovens a desenvolverem sua criatividade e sua capacidade de lidar com problemas matemáticos”, acrescentou.
Durante o projeto, na sala maker da escola, os estudantes foram divididos em grupos que acessaram computadores, inicialmente, com o software VisuAlg, um programa que interpreta e executa algoritmos de computador, com recursos de simulação da tela do MS-DOS, visualização de variáveis, breakpoints, ajuda on-line, exportação de algoritmo para um código similar na linguagem Pascal e outras características que auxiliam no aprendizado das técnicas de programação.
“Foi possível elaborar algoritmos que podiam executar a média aritmética e raízes da equação do 2ª grau a partir de quaisquer dados alimentados no MS-DOS”, destaca Renato Lima.
Os dados coletados demonstraram que foi possível enxergar de uma maneira divertida o ensino da matemática. Outro ponto observado como essencial é a continuidade desses estudos na educação básica, como forma de fortalecer a entrada no ensino superior em cursos de exatas.
Sobre o PCE – O PCE apoia a participação de professores e estudantes do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, da 1ª à 3ª série do ensino médio e suas modalidades: educação de jovens e adultos, educação escolar indígena, atendimento educacional específico e Projeto Avançar, em projetos de pesquisa desenvolvidos em escolas públicas estaduais sediadas no Amazonas e municipais de Manaus ou Tefé.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Governo do Amazonas
Foto: Renato Lima- Acervo do pesquisador