Reação do mercado à nova política de preços da Petrobras

Ações da estatal sobem no dia do anúncio da mudança na política de preços de combustíveis
Edifício sede da Petrobras, no centro da cidade (RJ). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O fim da política de paridade internacional dos preços da gasolina e do diesel pela Petrobras não causou a perda de valor esperada por muitos investidores. No fechamento, as ações subiram 2,24% (ON) e 2,49% (PN), respectivamente. Mas há explicações.

Segundo o consenso de analistas, a reação inicial positiva deve-se ao fato de que o anúncio veio mais brando do que o esperado e eliminou parte das incertezas que pairavam sobre a nova política de preços.

Apesar do anúncio menos intervencionista do que o esperado, aliviando as preocupações dos investidores, alguns analistas seguem cautelosos com as ações da companhia.

Desafios do novo CEO

Com a nova política, o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, que assumiu no começo do ano, navega entre as ambições do Brasil para o desenvolvimento industrial e investidores que esperam ser compensados com lucros e dividendos.

Reduzir o vínculo com os preços internacionais expõe a Petrobras a ações coletivas de acionistas, bem como uma possível intervenção do tribunal de contas do Brasil e do regulador antitruste.

A legislação societária brasileira pune executivos, diretores e acionistas controladores caso tomem medidas contrárias aos interesses da empresa.

A Petrobras disse que segue comprometida com a sustentabilidade financeira e que a nova política permitirá realizar os investimentos previstos em seu plano estratégico.

Fonte: Bloomberg Línea

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