“Eu acho que a região Norte – e o Amazonas – serão os grandes protagonistas da nova década. Desenvolvimento, pesquisa científica e geração de emprego é tudo que o mundo precisa”, destacou o vice-presidente da República e ministro do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, após assinar o contrato de gestão do novo Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA).
A assinatura do contrato se deu durante a 310ª Reunião Ordinária do Conselho Administrativo da Superintendência da Zona Franca de Manaus (CAS – Suframa) e selou a independência jurídica do Centro, que agora passa a ser gerido pela Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea).
Por meio desses novos investimentos, o CBA está determinado a focar no desenvolvimento de pesquisas científicas com o olhar direcionado para a bioeconomia e projetos voltados a explorar os princípios ativos da floresta.
“Essa é a resolução de um imbróglio de 21 anos, esperado por todos os povos da Amazônia. Agora temos autonomia administrativa, previsão de recurso orçamentário e modelos de negócios, o que nos torna um importante ator nas fronteiras tecnológicas e no processo de neoindustrialização”, anunciou o gestor do CBA, Fábio Calderaro durante a solenidade.
Não é de agora que a narrativa de neoindustrialização circula a economia e indústria brasileira. Desde o início do seu mandato, Alckmin retoma esse discurso. Segundo ele, o processo se baseia na criação de políticas públicas com foco em sustentabilidade, inclusão social e tecnológica. A ideia do ministro é alavancar o setor no País, trabalhando na descentralização da indústria e investindo em regiões que precisam de atenção nesse setor, como a Amazônia.
Ainda em maio, Alckmin indicou o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Rodrigo Rollemberg, para presidir o Conselho Administrativo do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA).
Essa foi a segunda visita de Alckmin como vice-presidente e ministro em Manaus (AM). Além de presidir a cerimônia da Suframa, ele cumpriu agenda participando da inauguração do Distrito de Micro e Pequenas Empresas de Manaus (Dimicro).
Sobre a 310ª Reunião do CAS
O evento analisou 42 projetos industriais, de serviços e agropecuários com previsão de investimentos da ordem de R$727,3 milhões e uma expectativa de geração de 1.006 novos postos de trabalho, com faturamento projetado de R$4,2 bilhões.
Dos 42 projetos da pauta, 35 são industriais e de serviços, além de sete projetos agropecuários. Entre os destaques estão dois projetos de diversificação da Cal-Comp Indústria e Comércio de Eletrônicos e Informática, da matriz e da filial, ambos para produção de distribuidor de conexões para rede (“switch”) e roteador digital, com investimentos projetados de R$ 396,5 milhões e expectativa de geração de 216 empregos diretos, somados.