O Threads ultrapassou os 100 milhões de usuários inscritos em cinco dias, conforme anunciou Mark Zuckerberg, CEO da Meta Platforms, nesta segunda-feira (10). A nova rede social atingiu a marca em tempo recorde, já que, antes disso, a plataforma a alcançar a marca com maior rapidez havia sido o ChatGPT, que demorou 2 meses.
O aplicativo vem estabelecendo novos recordes de adições de usuários desde seu lançamento na quarta-feira (5), com celebridades de Jennifer Lopez a Kim Kardashian se juntando à plataforma vista como a primeira ameaça séria ao microblog de propriedade de Elon Musk.
O Twitter respondeu ameaçando processar a Meta pelo aplicativo, alegando que o gigante da mídia social usou seus segredos comerciais e outras informações confidenciais.
Essa alegação, dizem os especialistas jurídicos, pode ser difícil de provar.
O Threads tem algumas semelhanças com o Twitter, assim como vários outros sites de mídia social que surgiram nos últimos meses. Ele permite postagens com até 500 caracteres e incluem links, fotos e vídeos de até 5 minutos.
O sprint do aplicativo para 100 milhões de usuários foi muito mais rápido do que os dois meses do ChatGPT, de propriedade da OpenAI, em janeiro, o que o tornou o aplicativo de consumo de crescimento mais rápido da história, de acordo com um estudo do UBS.
Ainda assim, o Threads precisa se atualizar. O Twitter tinha quase 240 milhões de usuários ativos diários monetizáveis, de acordo com um comunicado da empresa em julho do ano passado.
O aplicativo também ainda não possui uma função de mensagens diretas e não possui uma versão para desktop da qual certos usuários, como organizações empresariais, dependem.
Ainda assim, analistas disseram que a turbulência no Twitter, incluindo limites recentemente impostos ao número de tweets que os usuários podem ver, pode ajudar o Threads a atrair usuários e anunciantes.
Atualmente, não há anúncios no aplicativo Threads e Zuckerberg disse que a empresa só pensaria em monetização quando houvesse um caminho claro para 1 bilhão de usuários.
Fonte: Reuters