O resultado segue abaixo do esperado pelo segmento
O Ministério do Trabalho divulgou, no último dia 28, os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referente ao mês de março, no qual demonstrou que o setor da construção foi o segundo setor que mais gerou empregos no Brasil, com saldo positivo de 25.059 postos de trabalho.
No Pará, foi registrado no terceiro mês do ano um total de 5.836 novos postos de trabalho, onde apresentou aumento de 15,75% comparado a fevereiro, que foi de 5.042. Já no número de demissões, o mês contabilizou 5.748, um aumento de 6,27% com relação ao mês anterior, que foi 5.409.
Os dados gerados pelo Caged em março apontaram um saldo positivo de 88 novas contratações, em que desde dezembro do ano passado o setor não apresentava números positivos no saldo de empregos. Mas o resultado ainda segue abaixo do esperado pelo segmento. Sobre a situação, o presidente do Sinduscon-PA, Alex Carvalho, diz que \”Mesmo sendo saldo positivo, considerando o número de desempregados no Estado, denota-se que o resultado é insuficiente e não representa a potência que o Setor da Construção possui, sobretudo quando se refere a geração de emprego e renda\”, declarou.
Alex ainda disse que atual cenário do setor é um reflexo de \”impasses antigos\”, como: a alta dos insumos, juros altos e elevação excessiva no valor do frete, dentres outros obstáculos, que se intensificaram após a chegada da pandemia da Covid-19 no País e que ainda persistem, gerando uma \”desaceleração\” no setor.
\”O desabastecimento e o aumento exagerado nos preços dos materiais de construção, elevações nos custos com frete e também a pressão inflacionária que fez com que as taxas de juros de operações de crédito se elevassem, têm sido os maiores causadores do desaceleramento de um dos segmentos mais importantes para a economia estadual e nacional, em que diminui o ritmo das obras vigentes e inibe o lançamento de novos empreendimentos, principalmente os de habitação de interesse social, voltados para suprir a demanda da população de baixa renda\”, finalizou.
Fonte: Fiepa
Foto/Arte: Divulgação