O volume de serviços recuou 0,3% em janeiro frente a dezembro de 2018. Porém, na comparação com janeiro de 2018, o setor acumulou ganho de 2,1%, a maior evolução desde março de 2015, quando cresceu 2,3%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje pelo IBGE.
“Em uma análise mais ampla, essa ligeira queda no resultado mensal não chegou a anular a média que se acumulou entre novembro de 2018 e janeiro deste ano” ressalta o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Duas das cinco atividades monitoradas pela pesquisa recuaram frente a dezembro de 2018. O segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio caiu 0,6% e o setor de serviços de informação e comunicação, 0,2%. Juntos, os dois setores representam 63% dos serviços no país.
“Boa parte da queda no setor de transporte deve-se ao baixo desempenho das atividades de transporte rodoviário, dutoviário e de carga. Já os serviços de informação e comunicação sofreram impacto da menor receita na atividade de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador, que é normal em início de trimestre” comenta o pesquisador.
Dos setores que cresceram, serviços profissionais, administrativos e complementares subiu 1,7%, após ter caído 1,6% em dezembro. Também foram registradas altas de 4,8% em outros serviços, que engloba atividades como compra, venda e aluguel de imóveis e manutenção de veículos automotores, e de 1,1% em serviços prestados às famílias.
Regionalmente, 14 das 27 unidades da federação tiveram queda frente a dezembro de 2018. São Paulo exerceu a principal influência negativa, com queda de 0,5%. Acre, com -9,6%, teve o pior desempenho e Mato Grosso, com 9,9%, o maior resultado.
A pesquisa também monitora os serviços das atividades turísticas. Em janeiro, o segmento cresceu tanto em relação a dezembro de 2018, 3,2%, quanto em comparação com janeiro de 2018, 3,8%, interrompendo quatro taxas negativas seguidas nessa comparação.
Quatro das cinco atividades cresceram em relação a janeiro do ano passado
Na comparação com janeiro de 2018, o crescimento de 2,1% nos serviços se refletiu em quatro atividades. Serviços de informação e comunicação, com 3,4%, foi o setor que mais cresceu nesse período.
Segundo Rodrigo, apesar da perda de ritmo nos serviços de informação e comunicação ao longo de 2018, o setor foi beneficiado pela atividade de telecomunicações. “O resultado pode ser explicado principalmente pela maior receita das empresas do segmento gerada por migração de planos de telefonia e agregação de serviços de dados”, explica.
*Informações Agência IBGE de Notícias