Durante a abertura das atividades, foi destacada a necessidade de fortalecimento do modelo Zona Franca de Manaus e a criação de novas alternativas que possam beneficiar todos os estados da região
A Suframa promoveu nesta segunda-feira (25), no auditório da Autarquia, o lançamento do “Projeto Amazônia 2040: cenários prospectivos e agenda estratégica para o Desenvolvimento”. O evento prossegue até esta terça-feira (26), com a realização de debates e oficinas sobre conjunturas e tendências, e faz parte do processo que formaliza a adesão da Suframa ao projeto “Cenários Brasil 2040”.
Essa mesma adesão tem o propósito de intensificar e contribuir com o desenvolvimento sustentável na Amazônia. A iniciativa, de acordo com o superintendente Algacir Polsin, também é uma oportunidade para que a Suframa participe de estudos exploratórios que visam à elaboração de cenários prospectivos e a proposta de uma agenda estratégica, com a finalidade de sugerir diretrizes que resultem em avanços socioeconômicos para a região em um horizonte até 2040.
Durante a abertura das atividades, foi destacado ainda, a necessidade de fortalecimento do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) e a criação de novas alternativas que possam beneficiar todos os estados da região, com ênfase numa cultura que valorize e prepare a Amazônia para o futuro. “Quem não sabe aonde quer chegar, não vai a lugar algum. Estamos aqui pensando não em substituição do Polo Industrial de Manaus (PIM), mas em fortalecimento do mesmo, bem como em matrizes econômicas alternativas que podem ser adicionadas. Pensar no futuro e tomar ações planejadas é buscar formas de se chegar o mais perto possível do cenário ideal e mais longe daquilo que queremos evitar”, frisou Algacir Polsin.
Sobre os projetos
Lançado em maio deste ano, o projeto “Cenários Brasil 2040” é uma iniciativa da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor) e da Universidade Católica de Brasília (UCB) e tem como objetivo principal traçar cenários para o Brasil e estratégias para o futuro com a participação de especialistas do setor público e privado.
Já o projeto “Amazônia 2040: cenários prospectivos e agenda estratégica para o Desenvolvimento”, por sua vez, está na fase inicial de construção. A expectativa é que, após a contribuição dos diversos atores e especialistas dos setores público e privado, a agenda estratégica com cenários prospectivos de desenvolvimento para a Amazônia até 2040 seja definida até dezembro deste ano e possa seguir para homologação do Conselho de Administração da Suframa (CAS).
Atividades
O primeiro dia da programação contou com a palestra magna “As Megatendências Globais no contexto da Amazônia 2040”, ministrada pela coordenadora nacional do “Projeto Cenários Brasil 2040”, Elaine Marcial. A especialista destacou os possíveis impactos no País de 12 megatendências mundiais: envelhecimento da população mundial; diversidade cultural; empoderamento dos cidadãos; disputa por recursos naturais, em especial a água, alimentos e fontes energéticas; automação, robótica, inteligência artificial 3D e drones; e transição para uma economia de baixo carbono. Elaine Marcial também liderou o primeiro dia da oficina de Construção de Cenários Prospectivos.
Na segunda-feira também foram debatidas as temáticas acerca do desenvolvimento endógeno em eixos como: Bioeconomia e Produção de Alimentos; Recursos Hídricos e Monitoramento Climático; Inovação e Tecnologias para Saúde e Produção de Medicamentos na Amazônia; Inovação para Cidades Inteligentes e Sustentáveis; e Defesa Nacional em Faixa de Fronteira & Segurança Regional.
Palestra magna
Na programação desta terça-feira (26) está prevista a palestra magna “Zona Franca de Manaus: Impactos, Efetividade e Oportunidades” a ser proferida por videoconferência) pelo coordenador do estudo sobre a Zona Franca de Manaus desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Márcio Holland.
Também haverá debates relacionados ao desenvolvimento de propostas para as seguintes temáticas: Indústria 4.0 e Internet das Coisas; Infraestrutura e Logística Amazônica; Tecnologias para Exploração Mineral e de Óleo & Gás; e Fontes Renováveis de Energia.
Participantes
As discussões envolvem ainda representantes de instituições e entidades como: Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec); Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações; Ministério das Comunicações; Universidade Federal do Amazonas (Ufam); Receita Federal; 9º Distrito Naval; Comando Militar da Amazônia; Processamento de Dados do Amazonas (Prodam); Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi); Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Ciama); Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam); Associação Comercial do Amazonas (ACA); Conselho de Desenvolvimento Econômico; Sustentável e Estratégico de Manaus (Codese/Manaus); Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi); Prefeitura de Silves e Prefeitura de Manaus.
Fonte: Suframa