Telefônicas da UE querem compartilhar custos de rede com empresas de tecnologia

Setor, que investe cerca de 50 bilhões de euros anualmente em infraestrutura, precisa de mais financiamento e com urgência, disseram em comunicado

Deutsche Telekom, Orange, Telefónica e outros treze provedores de telecomunicações europeus defenderam nesta segunda-feira (26) que as grandes empresas de tecnologia compartilhem os custos de rede, citando a crise de energia e as metas de mudança climática da União Europeia.

A chamada ocorre enquanto a Comissão Europeia se prepara para buscar comentários de ambos os lados antes de fazer uma proposta legislativa que pode obrigar as empresas de tecnologia a ajudar nos custos de implantação do 5G e de fibra óptica em todos os 27 países do bloco.

O setor, que investe cerca de 50 bilhões de euros anualmente em infraestrutura, precisa de mais financiamento e com urgência, disseram os presidentes das empresas de telecomunicações em comunicado.

“Os custos das obras de planejamento e construção estão aumentando. Os preços dos cabos de fibra óptica, por exemplo, quase dobraram no primeiro semestre de 2022. Da mesma forma, os aumentos nos preços de energia e de outros insumos também estão atingindo o setor de conectividade”, disseram.

“Para que isso aconteça e seja sustentável ao longo do tempo, acreditamos que os maiores geradores de tráfego devem dar uma contribuição justa para os custos consideráveis ​​que atualmente impõem às redes europeias”, acrescentaram.

Outros signatários da declaração incluem grupos de telecomunicações como Vodafone, Bouygues Telecom, KPN, BT Group, Telecom Italia, Telia Company, Fastweb e Altice Portugal.

As operadoras de telecomunicações da Europa argumentam que empresas de tecnologia dos Estados Unidos, como Google, Meta e Netflix respondem por mais da metade do tráfego da internet e devem arcar com parte do custo de modernização da infraestrutura.

As companhias de tecnologia rejeitam esses pedidos, dizendo que já investem em equipamentos para entregar conteúdo com mais eficiência.

Fonte: Reuters / Foto: Yves Herman

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