Da Redação, com informações do Planalto
Em um momento em que as atenções do mundo se voltam para a necessidade de combate às mudanças climáticas e de atuações mais firmes para a preservação das florestas, três capitais de estados da Amazônia Legal foram listadas dentre as 13 que sediarão reuniões de grupos de trabalho do G-20, no período que o Brasil tem a liderança do grupo. Além de Belém (PA), sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em 2025, também estão Manaus (AM) e São Luís (MA).
No total, serão 13 cidades-sede das reuniões, incluindo também Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Foz de Iguaçu (PR), Maceió (AL), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA) e Teresina (PI).
O G20 reúne as maiores economias do mundo, responsáveis por mais de 80% da economia global. As primeiras reuniões estão programadas para dezembro, em Brasília, no Palácio do Itamaraty. Entre os dias 11 e 15 ocorrem os encontros das Trilhas de Sherpas — que supervisiona as negociações e discute os pontos que formam a agenda da cúpula-, e de Finanças — que trata de assuntos macroeconômicos. No dia 13, pela primeira vez na história, as Trilhas de Sherpas e de Finanças estarão em uma reunião conjunta no início dos trabalhos do G20, e não no fim, como acontecia em cúpulas anteriores. A integração entre as esferas políticas e financeiras será um desafio central durante esses encontros.
Inovação – A descentralização das atividades é uma inovação desta edição, transformando o G20 em um fórum mais acessível e representativo. Para o governo brasileiro, a realização das reuniões nas cidades-sede espalhadas pelas cinco regiões é uma estratégia para fomentar o turismo e o intercâmbio cultural e fortalecer relações bilaterais entre as cidades e as nações participantes.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, Serafim Corrêa, diz que a cidade de Manaus tem uma tradição de sediar eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas, em 2016. Ele avalia que a escolha da cidade para receber reuniões do G20 mostra a relevância da Amazônia para o mundo, e que isso tem efeito imediato no número considerável de pessoas que estarão em Manaus.
“As economias mais importantes do mundo estarão em Manaus e terão a oportunidade de conhecer o nosso modelo econômico. Também vão trazer os olhos do mundo para ver a Amazônia de outra maneira. A outra oportunidade que nos parece bem relevante é a discussão de assuntos que interessam a Amazônia nessas oportunidades que teremos”, observa.
Reuniões ministeriais – Nos dias 21 e 22 de fevereiro de 2024 será realizada a primeira reunião ministerial da Trilha de Sherpas, no Rio de Janeiro. O encontro presencial estará sob a coordenação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Ainda em fevereiro, nos dias 28 e 29, é a vez de São Paulo sediar a reunião ministerial da Trilha de Finanças. Também de forma presencial, o evento terá a coordenação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Neste evento, a capital paulista vai receber ministros de finanças e presidentes de bancos centrais das maiores economias do mundo.