Relatório técnico mostrou que o sistema de piloto automático não reconhecia obstáculos de forma confiável
Um tribunal de Munique ordenou que a Tesla reembolse a uma cliente a maior parte dos 112 mil euros que ela pagou por um utilitário Model X por causa de problemas com o sistema Autopilot, informou o Der Spiegel nesta sexta-feira (15).
Um relatório técnico mostrou que o sistema de piloto automático não reconhecia obstáculos de forma confiável, como o estreitamento de um canteiro de obras, e às vezes acionava os freios desnecessariamente.
Isso pode causar um “grande risco” e levar a colisões, decidiu o tribunal.
Os advogados da Tesla argumentaram que o Autopilot não foi projetado para o tráfego da cidade, de acordo com o Der Spiegel. O tribunal, porém, considerou que não era viável que os motoristas liguem e desliguem o recurso manualmente em diferentes situações de terreno, pois isso pode distraí-los da direção.
Representantes da Tesla não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto à Reuters.
Os reguladores de segurança dos Estados Unidos estão investigando a função do piloto automático da Tesla após relatos de 16 acidentes, incluindo sete com registros de ferimentos e uma morte.
A Tesla diz que o Autopilot permite que os veículos se orientem automaticamente dentro de suas faixas de rodagem, mas não os torna autônomos.
Musk disse em março que a Tesla provavelmente lançará uma versão de teste do novo software de “Autodireção Completa” na Europa ainda este ano, dependendo da aprovação regulatória.
“É muito difícil dirigir totalmente autônomo na Europa”, disse Musk aos trabalhadores da fábrica da companhia em Berlim na época, dizendo que muito trabalho precisa ser feito para lidar com situações complicadas de direção no continente, onde as estradas variam muito de país para país.
Fonte: Reuters
Foto: Lucas Jackson/Reuters