Na quinta-feira (23), durante sua 304ª Reunião Ordinária, realizada por meio de videoconferência, o Conselho de Administração da Suframa (CAS) aprovou 31 projetos industriais, de serviços e agroindustriais, sendo 18 de implantação e 13 de ampliação, atualização ou diversificação. Os projetos somam investimentos totais de R$ 838 milhões, bem como estimam faturamento adicional de R$ 2,83 bilhões e a geração de 1.392 empregos na área incentivada da Zona Franca de Manaus nos próximos anos.
A reunião foi presidida pela secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques Consentino, e contou com a participação do superintendente da Suframa, Algacir Polsin; do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Angelus Figueira; do diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá, Joselito Santos Abrantes; do presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Marcos Fermanian; do presidente eleito do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Luiz Augusto Rocha; do vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo; e demais conselheiros representantes de órgãos ministeriais, governos estaduais e municipais e entidades de classe, entre outros.
O superintendente da Suframa, Algacir Polsin, destacou, inicialmente, a qualidade e diversidade da pauta da 304ª Reunião do CAS, assim como o fato de o número de projetos na pauta desse encontro do Conselho (31) superar a média das reuniões dos últimos dois anos (29). “São aproximadamente R$ 840 milhões em novos investimentos e quase 1.400 empregos previstos de ser gerados, inclusive, novos postos de trabalho na área do Distrito Agropecuário da Suframa. A pauta é composta em sua maioria por projetos de implantação, o que indica o interesse de investidores em continuarem apostando no modelo Zona Franca de Manaus. Temos muita satisfação com esses números e esperamos que esses projetos possam vir de fato a ser implantados e gerar os benefícios socioeconômicos esperados”, afirmou Polsin.
Ele também comentou sobre os dois anos à frente da Autarquia e fez um resgate histórico ressaltando situações conjunturais como características próprias da região, que contribuem para elevar o chamado custo Amazônia, e que motivaram a criação do Modelo ZFM pelo Governo do Mal Castello Branco, além da necessidade de concessão de benefícios fiscais para atrair empresas e compensar essas dificuldades.
Apesar de adversidades conjunturais específicas como a Covid-19, restrições logísticas internacionais e a guerra da Ucrânia, que tem afetado a macroeconomia do País e, naturalmente, a Região Amazônica, Polsin destacou ainda a importância da ZFM \”para uma área resiliente, pujante e cheia de possibilidades\”.
“Vejo um Polo Industrial de Manaus que tem tido capacidade para superar todas as adversidades e que continua atrativo. Uma amostra é que continuamos dentro da média de aprovação de cerca de 30 projetos em cada reunião do CAS, com destaque para 19 de implantação. Outro exemplo é como está aquecido o mercado de galpões industriais em Manaus. E isso tudo é refletido nos indicadores de faturamento do PIM que fecharam os primeiros 4 meses com 52 bilhões de reais, o que representa 8.37% superior ao mesmo período de 2021 e com uma empregabilidade superior a 100 mil há mais de 16 meses”, destacou o superintendente.
Também foram destacados assuntos como a capacitação acerca do Regime Especial Drawback e sua utilização pelas empresas da ZFM, promovida pela Suframa na última terça-feira (21) com o apoio da Receita Federal do Brasil e da Secretaria de Comércio Exterior, cujo objetivo foi potencializar as exportações; os estudos para a implantação do 5G no Distrito Industrial; o edital de licitação do DI e do DAS, com mais de 200 propostas, envolvendo mais de 80 empresas; o processo de seleção e qualificação da Organização Social que fará a gestão do novo Centro de Bionegócios da Amazônia; e a previsão da implantação pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) de cinco laboratórios do Projeto SALAS no DAS.
“É um projeto importantíssimo para a nossa região e para o País, e que é implantado pelo MCTI em diversos pontos da Amazônia”, justificou.
Reconhecimento
Em meio a um destaque e outro, a secretária Daniella Marques ressaltou o trabalho desenvolvido nos últimos dois anos pela atual administração da Suframa e também enfatizou as ações recentes feitas com o apoio do Ministério da Economia, para reduzir o Custo Brasil e impulsionar as exportações no Brasil.
“Quero congratular o superintendente pela liderança, pelo comprometimento nesses dois anos e pelo excepcional trabalho junto à equipe. Agradecer o apoio aqui da minha equipe, a Sepec, na articulação em conjunto com o senhor (Polsin) nessa questão do Drawback, pois acho que vai dar um impulso relevante para as exportações, assim como, recentemente, o governo publicou um decreto por iniciativa nossa aqui, para tirar os custos de capatazia do valor aduaneiro também nas exportações. São tentativas e esforços diversos para a gente reduzir o custo Brasil, e acho que isso vai impulsionar e gerar bons frutos para a região”, sugeriu.
Destaques da pauta Os destaques da pauta aprovada incluem as proposições de implantação das empresas Comércio e Indústria de Pneus Amazônia Ltda, para produção de pneus para bicicletas e motocicletas, com investimentos projetados de aproximadamente R$ 361 milhões e previsão de mão de obra adicional de 442 postos de trabalho; e Norpolim Nordeste Polímeros Indústria e Comércio de Termoplásticos Ltda, para produção de resinas modificadas e artigos de matéria plástica, com investimentos projetados de R$ 50,2 milhões e expectativa de geração de 79 empregos.
Fonte: Assessoria Suframa
Foto: Isaac Júnior/Suframa