Por Isaac Júnior/Suframa
Após cumprir uma agenda extensa de atividades que duraram dois dias e que foram finalizadas com visita às empresas Yamaha Motor da Amazônia e Midea Carrier, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviço do MDIC, Uallace Moreira, deixou Manaus nesta quinta-feira (6). Antes, porém, ele fez questão de falar com os jornalistas, no saguão inferior do aeroporto internacional Eduardo Gomes, para destacar o papel estratégico da Zona Franca de Manaus no processo de neoindustrialização do País.
Na avalição do secretário, a vinda dele só confirmou o que o governo do presidente Lula já sabe em relação à Amazônia e que tem como prioridade a promoção do processo de desenvolvimento do Brasil.
Ao ressaltar as visitas e, consequentemente, as reuniões que teve com representantes de empresas e instituições de ciência e tecnologia do Polo Industrial de Manaus (PIM), Uallace Moreira reiterou o apoio dele (e do ministro Geraldo Alckmin) ao ambiente de negócios local, por reconhecer o alto índice de complexidade e investimento em pesquisa e desenvolvimento na região. E foi mais além, ao afirmar que é justamente disso que o Brasil precisa para uma neoindustrialização.
“Quando a gente considera que o ministro e vice-presidente da República tem como prioridade a neoindustrialização do País, essa visita foi só mais uma constatação que, de fato, a Zona Franca de Manaus vai contribuir muito para essa neoindustrialização do País. Aqui tem alguns princípios que vão direcionar as políticas industriais de inovação, que são a transformação digital e a questão da sustentabilidade. A Zona Franca sintetiza muito bem isso”, ressaltou o secretário.
Acompanhado do superintendente da Suframa, interino, Marcelo Pereira, e de equipe técnica da Autarquia, o secretário Uallace Moreira visitou na quarta-feira (5) as empresas Samsung Eletrônica da Amazônia, Caloi Norte S/A, Moto Honda da Amazônia e LG Electronics do Brasil.
No mesmo dia, a comitiva ainda foi ao Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia, uma das mais conceituadas ICTs privadas atuantes no ecossistema de inovação da ZFM. Momentos depois, seguiu para um encontro com representantes da indústria, organizado no Sesi Clube do Trabalhador pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).
Visitas
Nesta quinta-feira, na Yamaha, o secretário conheceu todo o processo de produção da fábrica, que corresponde 14 etapas, com início no setor de fundição do alumínio a uma temperatura superior a 750 graus, e fechamento na montagem final. Ao todo, a Yamaha produz 1,3 mil motocicletas e de 35 a 40 motores de polpa por dia. As peças fabricadas no local atendem tanto à fabricação interna quanto o consumo do mercado de reposição externo.
Na Midea Carrier, o grupo percorreu a planta de 38.050 metros quadrados, que atualmente opera 14 linhas de produção, com atuação de aproximadamente 750 colaboradores. A unidade do PIM é considerada não apenas a maior produtora de ar-condicionado da América Latina, mas também a maior fábrica de climatização do continente.
Protagonismo
Aos jornalistas, Marcelo Pereira também foi enfático ao destacar o protagonismo da Zona Franca de Manaus, nesse início de gestão do governo federal e no processo de neoindustrialização do País.
“Para vocês terem uma ideia, o nosso vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou na reunião ministerial quatro pontos de entregas positivas desses três primeiros meses do ano e a Zona Franca de Manaus era uma delas, junto com a reunião do CAS e o Centro de Biotecnologia da Amazônia, o CBA. A confiança está depositada, tem protagonismo técnico e tem protagonismo político também, porque nós reunimos no CAS a maior bancada já presente na reunião. Reunimos governadores, prefeitos, trouxemos de volta ao assento do Conselho ministérios importantes, e um que chega é o Ministério das Relações Exteriores. Uma das missões que o ministro traz para a Zona Franca é iniciar um processo de tracionamento de exportação, ou seja, a ZFM, participando da Balança Comercial do País”.